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Exportação mineira de carne de frango cresce 43%

As empresas avícolas de Minas Gerais vêm procurando aumentar a sua participação nas exportações de frango do Brasil.

Redação (15/02/2008)- As exportações de carne de frango por Minas Gerais no mês de janeiro deste ano movimentaram US$10,7 milhões. O crescimento foi de 43% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números foram consolidados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, com base nos dados divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na análise das exportações de carnes de aves, a Secretaria destaca também o aumento de 16% no volume embarcado, pois em janeiro deste ano foram cerca de 7,4 mil toneladas em comparação com as 6,4 mil toneladas do mesmo período de 2007. Houve também uma evolução de 23% no preço médio da carne de aves no mercado internacional: em janeiro de 2007 era de pouco mais de US$ 1,4 mil e subiu para cerca de US$1,7 mil a tonelada.

Expansão das vendas
De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura, João Ricardo Albanez, as empresas avícolas de Minas Gerais vêm procurando aumentar a sua participação nas exportações de frango do Brasil. “O país bateu, no ano passado, o recorde de vendas internacionais de carne de frango com receita de US$ 4,9 bilhões. Foram comercializadas quase 3,3 milhões de toneladas, e segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Estado participa com 116 mil toneladas anuais. Há dois anos, Minas exportava cerca de 50 mil toneladas”.

A empresa Pif Paf, sediada em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata, está ampliando suas exportações. Pioneira no Estado a comercializar carne de frango no exterior, a empresa exportou, em 2007, cerca de 12 mil toneladas, com receita da ordem de US$ 60 milhões. Seus mercados são a China, Hong Kong, Japão, Rússia e Leste Europeu. Segundo Mário Okumura, responsável pelo setor de exportações da Pif Paf, os exportadores brasileiros de frango foram favorecidos no ano passado pelo aumento médio do preço da carne, em razão da falta do produto sobretudo naqueles países afetados pela gripe aviária. Ele prevê para este ano uma situação ainda mais favorável ao crescimento das exportações de Minas e do Brasil porque a destinação de grande volume do milho dos Estados Unidos para a produção do etanol dificultará mais a produção de aves naquele país.

No grupo das empresas mineiras que exportam aves, há também a Sadia, que tem em Uberlândia uma de suas maiores unidades. A empresa informa que o aumento do volume de aves embarcadas no ano passado atendeu aos novos mercados e àqueles já existentes e que passaram a consumir mais.
De acordo com o coordenador da Câmara Técnica de Avicultura do Cepa, Luís Cássio da Paixão, outras empresas do setor, em Minas Gerais, estão exportando cada vez mais carne de aves, entre elas a Cossisa, de Sete Lagoas, Nogueira Rivelli, de Barbacena, e a Dagranja, de Uberaba. Ele acrescenta que um dos fatores favoráveis à crescente oferta do produto por essas empresas é a utilização do sistema de produção integrada.
“A integração é uma parceria em que a indústria fornece as aves, ração, assistência técnica em toda a fase de criação e outros meios de suporte à atividade; o avicultor assume o compromisso de fornecer à indústria, com exclusividade, as aves prontas para abate”, explica o coordenador.

Liderança em ovos
Luís Paixão acrescenta que “há também integrações no setor de postura, e neste caso o objetivo é dar suporte ao produtor integrado para que ele forneça, com exclusividade, os ovos para comercialização ou industrialização”.
Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Avicultura, Minas Gerais é um forte produtor de ovos – mais de 8,5 milhões de caixas de trinta dúzias por ano – ocupando atualmente o segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo. O Estado lidera as exportações brasileiras, com duas empresas respondendo por cerca de 90% dos embarques nacionais de ovos “in natura” e receita anual da US$ 7,7 milhão, segundo levantamento do MDIC. O maior volume de vendas externas é feito pela granja Mantiqueira, de Itanhandu, no Sul de Minas. Também localizado nessa região, o Aviário Santo Antônio (ASA) vem aumentando suas exportações e atualmente embarca, por mês, de dez a doze containers com 1.400 caixas cada.