Redação (28/02/2008)- A Gulfood, maior feira do setor de alimentos do Oriente Médio, rendeu negócios de US$ 10 milhões às 13 empresas que participaram do estande montado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. O evento terminou nesta quarta-feira (27), em Dubai (Emirados Árabes Unidos), com boas perspectivas para o agronegócio do Brasil. Além dos acordos firmados durante os quatro dias da feira, os contatos com os visitantes devem gerar, ainda este ano, mais US$ 60 milhões em exportações.
A Gulfood superou as expectativas dos empresários que foram a Dubai pela primeira vez. “O Mapa levou à feira setores do agronegócio que ainda não tinham participado, que estavam em busca de novas oportunidades”, afirmou Danilo Gennari, gestor governamental da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), que esteve no evento. Os setores de carne, frango e fruta já marcam presença em todas as edições da Gulfood, mas, desta vez, empresas de café e lácteos tiveram participação inédita e se destacaram acima do esperado.
No primeiro dia da feira (24), a empresa Café Canecão negociou o envio de cerca de US$ 100 mil em café solúvel para a Arábia Saudita. “O importador saudita acertou detalhes da encomenda e trouxe mais investidores para aumentar sua rede de clientes, que inclui a maior cadeia de supermercados da Arábia Saudita”, comemorou o consultor de exportação da Café Canecão, Khalil Fraig, que representou a empresa em Dubai.
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Antes mesmo da abertura da Gulfood, a fábrica de queijo Tirolez já havia fechado negócio de 80 mil euros com a Líbia. Segundo Paulo Hegg, gerente de exportação da empresa, os produtos mais procurados foram queijo fundido e requeijão.
Riad – O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Célio Porto, e o diretor Departamento de Promoção Comercial, Eduardo Sampaio, estiveram em Riad (Arábia Saudita), onde visitaram, ao lado de representantes da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, a maior cadeia de hipermercados daquele país. O grupo Panda pretende ampliar sua rede de fornecedores para garantir o crescimento nos próximos dois anos. A empresa tem interesse em aumentar as importações de diversos produtos como café, suco de laranja e lácteos, inclusive para comercialização com a marca própria da rede. Hoje, toda a carne bovina que a Panda comercializa, cerca de nove toneladas por dia, é do Brasil.
