Redação (19/03/2008) – Na audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, iniciada há pouco, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, está detalhando o contexto da implantação da rastreabilidade no rebanho brasileiro. Segundo o ministro, a União Européia (UE) exigiu a aplicação desse sistema aos países exportadores de carne bovina para aquele mercado.
Stephanes lembrou que a carne bovina nacional tem um custo de produção três vezes menor que a européia e que o comércio com aquele bloco econômico chegou a representar 60% das exportações de carne.
O ministro esclareceu ainda que, com relação à sanidade animal, todos os itens acordados com a UE foram cumpridos integralmente. Ele citou como exemplo a criação de uma zona de segurança com a fronteira paraguaia e a adoção de testes de consistência e resultados das vacinas aplicadas no rebanho bovino.
De acordo com o ministro da Agricultura, os técnicos europeus deixaram claro que desejam comprar a carne brasileira, desde que sejam atendidos os critérios de rastreabilidade acordados.
Reinhold Stephanes também afirmou há pouco, durante a audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, que o sistema de rastreabilidade brasileiro (Sisbov) deve ser mudado, mas precisa de um timmin”.
“Estamos trabalhando em conjunto com vários especialistas brasileiros no assunto e, eventualmente, especialistas internacionais. As comissões de Agricultura da Câmara dos Deputados e do Senado têm que participar e estão participando dessa discussão, sempre com o rigor técnico e científico”, ponderou Stephanes.
O ministro lembrou que, há 10 meses, o problema se apresentava com a Rússia . Ele informou que foram enviadas quatro missões àquele país para sanar o problema e isso é entendimento. “A Rússia hoje compra quase tanta carne quanto a União Européia inteira”, destacou.