Redação (28/03/2008)- O comércio bilateral foi tema do encontro do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, com representantes do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, nesta quinta-feira (27). Nove empresas que fazem parte do grupo estão entre as 20 maiores exportadoras norte-americanas.
O principal enfoque da reunião foi bioenergia, especialmente o etanol. Os norte-americanos mostraram interesse em produzir o biocombustível. “É importante tratarmos a questão dos biocombustíveis juntos. Acho que vocês têm um papel fundamental nessa experiência. Nós não estamos tão avançados nesta área como deveríamos estar”, disse o vice-presidente do conselho, Mark Smith.
Para o ministro Stephanes é interessante que mais países produzam biocombustíveis, principalmente os parceiros comerciais do Brasil. Ele destacou, ainda, a importância da integração com os Estado Unidos. O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel Bertone, reiterou a sintonia dos dois países nos assuntos de bioenergia, com foco no desenvolvimento desse mercado e na geração de oportunidades.
O ministro explicou que na questão de biocombustíveis, o etanol é o mais representativo no Brasil e que 80% do produto se destina ao mercado interno, devido à crescente demanda de carros tipo flex. “A questão está bem coordenada do ponto de vista ambiental, de zoneamento e de produção. Embora a questão esteja bem ordenada, tenho me preocupado com a velocidade do aumento da produção, que não está correspondendo à velocidade da demanda do mercado.” Stephanes informou que a previsão é de dobrar a produção de etanol nos próximos anos.
No caso do biodiesel, o ministro citou o que classificou como “possíveis casos de sucesso”: o dendê e a jatrofa, que estão sendo pesquisados como matérias-primas, mas os resultados só deverão aparecer dentro de cinco ou dez anos.