Curiosamente, contrapondo-se ao consumo, o Brasil detém hoje o quarto maior plantel suíno do mundo, com um rebanho superior a 37 milhões de cabeças que, em 2007, foi responsável por uma produção de 3 milhões de toneladas. Destaque especial para a região Sul. O Estado de Santa Catarina lidera o ranking dos maiores produtores de suínos do país com 8,9 milhões de cabeças, seguido por Rio Grande do Sul, com 6,1 milhões, e Paraná, com 5,1 milhões, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, (Abipecs).
Na ausência de consumidores brasileiros, o país mantém o comércio – quase a totalidade (99%) de produtos in natura, segundo a Abipecs – com grandes potências consumidoras, como a Rússia, o que o faz também o quarto maior exportador do globo. No ano passado, o Brasil faturou US$ 1,23 bilhão somente com as exportações.
Se, por um lado, a venda para o mercado internacional possa ser financeiramente mais vantajosa, por outro, as sanções e embargos criam grandes problemas para a atividade. O grande exemplo disto foi o embargo russo ocorrido em 2005, decorrente do aparecimento de focos de febre aftosa no Paraná e Mato Grosso. A conseqüente super-oferta descompassada com a demanda interna e o aumento de insumos como o milho – que sofreu reajuste de 44% entre novembro de 2006 e 2007, frente os 28% de aumento do suíno vivo no mesmo período – promoveram grandes problemas para o produtor até meados de 2007.
Superadas as tempestades com a retomada da exportação Russa (principal consumidor da carne suína brasileira, com 45% da pauta da exportação e embarque de 278 mil toneladas) e a expansão das exportações para os Tigres Asiáticos em 2007, como Hong Kong (aumento de 43% em relação a 2006, com 106 mil toneladas embarcadas) e Cingapura (crescimento de 26%, com quase 32 mil toneladas exportadas), o Brasil vê sua pauta de exportação chegar a 606 mil toneladas, retomando níveis próximos ao ano de 2005, quando o país atingiu 625 mil toneladas.
Para diminuir a dependência dos embarques internacionais, o setor está apostando em parcerias e promovendo uma série de ações que unem toda a cadeia produtiva em prol de um único objetivo: atingir o consumidor que não exige a travessia de oceanos, que está aqui mesmo e aprecia a carne suína.
Entre as principais ações promovidas pelo setor no ano está a 6ª Feira da Indústria Latino-Americana de Aves e Suínos (AveSui), única feira do continente a unir todos os segmentos da suinocultura e avicultura. Promovida entre 13 e 15 de maio no Centro de Convenções de Florianópolis (SC), a feira será um centro de oportunidades, reunindo em um único espaço mais de 250 empresas – entre elas, 48 estrangeiras – dos diversos setores da cadeia produtiva. Mais de 20 mil visitantes (10% deles, estrangeiros) são esperados nesta edição do evento.
Mais informações sobre a AveSui pelo telefone (11) 2118-3133, pelo e-mail [email protected] ou pelo site www.avesui.com.br. As informações são da assessoria de imprensa do evento.