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Missões diplomáticas do Brasil ganham reforço para negociações agrícolas

Os adidos selecionados por processo interno no Mapa serão submetidos a cursos de formação específica para exercício efetivo em oito missões brasileiras na Argentina, União Européia, Suíça, Rússia, China, África do Sul, Japão e EUA.

Redação (28/05/2008)- A criação da função de adido agrícola para atuar nas missões diplomáticas no exterior vai proporcionar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) maior coordenação com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) nas negociações internacionais bilaterais. Esse especialista em agricultura será responsável por informações mais qualificadas nas negociações, principalmente em temas sanitários e fitossanitários.

Os adidos selecionados por processo interno no Mapa serão submetidos a cursos de formação específica para exercício efetivo em oito missões brasileiras em Buenos Aires (Argentina), Bruxelas (União Européia), Genebra (Suíça), Moscou (Rússia), Pequim (China), Pretória (África do Sul), Tóquio (Japão) e Washington (Estados Unidos).

A função foi aprovada por decreto presidencial a ser publicado nesta semana, após negociação entre o Mapa, o MRE e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O decreto estabelece que o posto deve ser ocupado por servidor público federal, do quadro efetivo do Mapa que tenha tomado posse há, pelo menos, quatro anos. Também é exigido para o cargo nível superior completo, fluência em idioma estrangeiro e conclusão do curso preparatório ministrado pelo Instituto Rio Branco, em coordenação com o Ministério da Agricultura.

Caberá ao presidente da República designar o titular de cada posto, a partir de proposta conjunta do Mapa e do MRE. Cada profissional indicado deverá cumprir missão de dois anos, que poderá ser prorrogada por mais dois no mesmo posto. A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa realizará periodicamente avaliação do desempenho de cada adido agrícola.

Em Bruxelas, o adido agrícola acompanhará as negociações dos interesses bilaterais com os 27 países membros da União Européia, principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. Em Genebra, terão foco os temas relativos à Organização Mundial do Comércio (OMC) e outras organizações multilaterais localizadas naquela cidade. As demais capitais da África, Ásia, América do Norte e Europa, representam países com grande interesse comercial de importação de produtos do agronegócio brasileiro. A exceção fica por conta de Buenos Aires, uma vez que a Argentina é o principal exportador de produtos agrícolas ao mercado brasileiro.