Redação (29/05/2008)- O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, disse nesta quinta-feira que a Rodada de Doha, de negociações para liberalizar o comércio global, tem 60% de chance de ser bem-sucedida.
Em discurso a deputados do Parlamento Europeu, Lamy afirmou: "Eu diria 60%, que é mais que 50%, mas bem menos que 100%."
Na terça, o comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, afirmou que a maioria dos países da UE (União Européia) apóia a continuação das negociações na OMC e lamentou a postura da França, que rejeitou as últimas propostas.
Mandelson disse na Comissão de Comércio do Parlamento Europeu que ”quase todos os países-membros” acreditam que os últimos textos de Genebra para a abertura dos mercados agrícola e industrial são uma base para o acordo.
A França, através de sua secretária de Estado para o Comércio Exterior, Anne-Marie Idrac, afirmou que a UE oferece muitas concessões, principalmente em agricultura.
Mandelson, que negocia na OMC em nome do bloco europeu, insistiu que, no setor agrícola, a UE já tem uma visão clara dos custos e benefícios da Rodada, mas ainda espera que os Estados Unidos ofereçam um número claro de redução de seus subsídios à exportação e também exige mais transparência no âmbito das frutas e hortaliças.
O objetivo da Rodada Doha, lançada em 2001, é reduzir as barreiras comerciais no mundo. O principal empecilho está nas tarifas e subsídios agrícolas dos países desenvolvidos. Por outro lado, os países emergentes resistem em diminuir as tarifas industriais.