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Alta no campo

Após a elevação dos grãos nos meses recentes, puxados pela pressão internacional, agora é a vez das carnes.

Redação (12/06/2008)- A elevação dos preços dos alimentos no campo se mantém e reflete no bolso dos consumidores. Após a elevação dos grãos nos meses recentes, puxados pela pressão internacional, agora é a vez das carnes.

SEMANA AQUECIDA

As carnes começaram a semana com preços aquecidos. No setor de bovinos, devido à redução de oferta, a arroba do boi gordo atingiu R$ 92, ontem, no mercado paulista, conforme cotações do Instituto FNP e da Scot Consultoria. Esse valor supera em 61% o de há um ano.

TAMBÉM NO SUÍNO

Já a arroba de carne suína se mantém em R$ 62, com alta de 17% em 30 dias. O preço do frango, após um mês de estabilidade, também reagiu e foi a R$ 1,80 por quilo (ave viva) nas granjas paulistas.

NO BOLSO

Após segurar a inflação por muito tempo, os alimentos voltam a pressionar. É o que mostram os dados de ontem da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Nos últimos 30 dias, a farinha de trigo acumula alta de 11%; a carne bovina, 6%; a de frango, 7%; e o arroz, 21%.

PRESSÃO FORTE

A evolução dos preços dos alimentos no atacado é ainda maior. O Índice de Preços por Atacado dos produtos agropecuários acumula alta de 35,6% nos últimos 12 meses, conforme dados da primeira prévia do IGP-M, da FGV. Parte dessa pressão do atacado vai para o consumidor.

RECORDES

A estimativa de menor produtividade nos Estados Unidos continua pressionando os preços das commodities. O milho foi negociado a US$ 7 por bushel, e a soja, por US$ 15,20. O trigo, com alta de 7% no dia, foi a US$ 8,70 por bushel.

LIBERAÇÃO

O governo argentino liberou mais 1 milhão de toneladas de trigo para exportações. Metade desse volume será destinado a moinhos brasileiros.

FILTRAGEM DE VINHOS

A Salton coloca em operação o "filtro tangencial", adquirido na Itália. É um processo que elimina o antigo meio filtrante que utilizava celulose e terras filtrantes. O equipamento é ecologicamente correto e minimiza interferências no produto, diz Lucindo Copat, enólogo da empresa. Os investimentos na cantina somam US$ 1 milhão neste ano.