Redação (20/05/2008)- Brasil e Canadá firmarão parceria em pesquisa agropecuária. Esta foi uma dos principais resultados do 2º Comitê Consultivo Agrícola (CCA) realizado nesta semana em Ottawa, Canadá. A intenção é fornecer assistência técnica por meio de suas instituições de pesquisa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agriculture and Agri-Food Canada (AAFC) a países da América Latina, Caribe e África.
Durante o CCA Brasil – Canadá também ficou acertado que o governo canadense fará treinamento a técnicos brasileiros nas áreas de laboratório e de controle de resíduos e contaminantes. “A idéia é proporcionar a troca de informações entre os profissionais em áreas de interesse estratégico para o Brasil”, enfatizou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (SRI/Mapa), Célio Porto.
Haverá ainda cooperação no setor de emergências sanitárias. Até o fim do ano, técnicos canadenses virão ao Brasil compartilhar experiências sobre as ações desenvolvidas em casos de detecção de doenças de rápida propagação, como a gripe aviária.
Carne – O governo canadense também se comprometeu em analisar o envio de uma missão ao Brasil, ainda este ano, para avaliar o sistema de produção de produtos de origem animal. O objetivo seria abrir o mercado do Canadá às carnes suína e bovina de Santa Catarina. A delegação brasileira requisitou ainda o reconhecimento daquele país das 11 áreas livres de febre aftosa com vacinação, anunciado mês passado pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).
Ainda na pauta bilateral, foi solicitado ao Brasil que reconheça o novo status do Canadá em relação à BSE (doença da vaca louca). Em 2003, houve registro da doença no país norte-americano e, desde então, estão suspensas as importações de carne bovina para o mercado brasileiro. O Ministério da Agricultura assumiu um compromisso de reavaliar a situação de controle da BSE naquele país.
Porto avalia que houve progressos importantes na relação entre Brasil e Canadá no setor agropecuário. “Na reunião realizada no ano passado, havia 13 questões bilaterais pendentes. Nesta havia oito. Isso mostra que os entendimentos entre os países têm avançado”, ponderou o secretário.