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Análise de Mercado

Confira situação e cotações de alguns dos principais produtos do agronegócio.

Redação (18/08/2008)-  Análise de Mercado – 18 de Agosto.
 
Suíno vivo
Os preços no atacado mantiveram na semana passada a trajetória de queda. Segundo apuração da RC Consultores, o índice da empresa, baseado em uma cesta de 17 produtos, recuou 3% em comparação com a semana anterior. 
Ainda que, com o declínio, o indicador já acumule baixa de 5,8% em comparação com o mês de julho, os preços no atacado estão bastante acima do patamar de 2007. Em relação a agosto de 2007, o indicador subiu 29,2%. 
Entre as maiores quedas na semana figuraram o tomate, que caiu 23,7%, a soja, com recuo de 8,55%, e o trigo, com retração de 7,2%. Carne suína (-5,3%), arroz (-4,1%), batata (-3,8%), carne bovina (-2,4%), feijão (-2,3%), milho (-2%) e café (-1,5%) foram os outros produtos do índice que caíram. 
O declínio não foi mais acentuado em virtude, especialmente, da alta de 5% do preço do frango. Ovos, açúcar e algodão, que subiram, respectivamente, 1,5%, 1,3% e 0,5%, foram os outros produtos do indicador que subiram. Os preços de laranja e leite tipos B e C permaneceram estáveis. 
Na contramão, o Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculado à Secretaria de Agricultura de São Paulo, já havia revelado alta de 0,88% do índice de preços recebidos (IqPR) pelos produtores agropecuários do Estado na terceira quadrissemana de julho. Mais uma vez a alta foi influenciada pelos produtos de origem animal.  (Valor Econômico/Suinocultura Industrial)

 GO R$3,65 
 MG R$3,40 
 SP R$3,41 
 RS R$3,06 
 SC R$3,00 
 PR R$2,95 
 MS R$3,20 
 MT R$2,95 

Frango vivo
A reação esperada, que permitiria ao produto chegar pela primeira vez aos R$2,00/kg, não aconteceu. Em contrapartida o frango vivo comercializado no interior paulista entrou na segunda quinzena do mês (terceira semana de agosto) com a oferta ainda bem ajustada à demanda, o que lhe possibilitou manter – agora há mais de uma semana – a cotação de R$1,95/kg.
Embora o preço médio alcançado no mês, ainda na faixa de R$1,93/kg, corresponda ao melhor valor nominal de todos os tempos, não apresenta variações significativas em relação a períodos anteriores. Dessa forma, mesmo que continue a apresentar o padrão típico de todo período de entressafra da carne – alta a partir de, aproximadamente, maio-junho – se encontra apenas 2% acima da cotação média do mês anterior, julho de 2008. E em relação ao mesmo mês do ano passado, não cobre sequer a inflação acumulada no período, visto registrar incremento inferior a 5%. (AviSite)

 SP R$1,95 
 CE R$2,40 
 MG R$2,05 
 GO R$1,95 
 MS R$1,55 
 PR R$1,85 
 SC R$1,70 
 RS R$1,80 

Ovos
Mesmo tendo registrado na terceira semana de agosto média de preços que pode ser considerada adequada, o ovo encerrou o período (isto é, entrou na segunda quinzena do mês) com significativo recuo de preços – R$45,00-R$46,00/caixa no atacado paulista no último sábado – retrocedendo a valores que não eram registrados desde junho.
Do ponto de vista da produção o retrocesso não se justifica, visto que a oferta continua plenamente ajustada à demanda, sem indicações de excedentes ou sobras. O que acontece, aparentemente, é que com o retrocesso generalizado de preços de outros alimentos, o ovo está sendo colocado na mesma berlinda e, sob o argumento de que o consumidor não está absorvendo os preços atuais, é fortemente pressionado a reduzir os valores praticados no atacado.
O argumento, não há dúvida, é totalmente injustificável. Por um lado, porque a variação de preços verificada no atacado, de 9,92% em 12 meses, se encontra absolutamente dentro dos parâmetros inflacionários. De outro, porque o poder de compra do consumidor (relação de preços entre ovo e salário mínimo) permanece praticamente o mesmo (atualmente, é apenas 0,6% inferior ao de agosto de 2007). Por fim, porque com o atual preço (R$3,16/dúzia em 14 de agosto, dados do Procon-SP), cada ovo adquirido no varejo está dois centavos (atenção: duas moedinhas de 1 centavo cada) mais caro que aquele adquirido em dezembro de 2007. Será que é essa diferença que afasta o consumidor?
De toda forma é preciso reconhecer: o ovo está, sim, mais caro para o consumidor. Como custava (dados, ainda, do Procon-SP) R$2,65/dúzia em agosto de 2007, teve um aumento de preço de 19%. E em termos de poder aquisitivo sofreu uma perda de 8,5%. Mas tudo isso no varejo, não em decorrência das variações observadas na granja ou no atacado.
Apesar dessas demonstrações, é possível que o setor – influenciado, sobretudo, pelo atual recuo de preços do milho – concorde que também o ovo sofra o mesmo processo. Neste caso talvez seja oportuno lembrar ao produtor que o ovo produzido neste instante provém de poedeiras criadas com o milho mais caro de todos os tempos. Portanto, é melhor não facilitar. (AviSite)

 Ovos brancos
 SP R$50,90 
 RJ R$53,00 
 MG R$53,00 
 Ovos vermelhos
 MG R$55,00 
 RJ R$55,00 

 SP R$52,90 

Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) está sendo cotada a R$ 91,25, com variação de 0,45% na sexta-feira.  A variação no mês de Agosto está em –2,48%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar está em US$ 55,71, com uma variação de 0,45%, e de –2,47% no acumulado do mês, na moeda norte-americana.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F

(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)

 Triangulo MG R$86,00 
 Goiânia GO R$82,00 
 Dourados MS R$88,00 
 C. Grande MS R$88,00 
 Três Lagoas MS R$88,00 
 Cuiabá MT R$83,00 
 Marabá PA R$75,00 
 Belo Horiz. MG R$84,00 
 
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) está sendo cotada a R$ 43,32. Na sexta-feira, 15, apresentou uma variação de –1,12%. O mês de Agosto apresenta uma variação de – 7,65%.
O valor da saca em dólar está em US$ 26,44, com uma variação de  – 1,82% na sexta-feira, e de – 11,95% registrada no mês.

(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)

 Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
 R. Grande do Sul (média estadual) R$42,00 
 Goiás – GO (média estadual) R$39,00 
 Mato Grosso (média estadual) R$38,50 
 Paraná (média estadual) R$43,32 
 São Paulo (média estadual) R$44,00 
 Santa Catarina (média estadual) R$43,50 
 M. Grosso do Sul (média estadual) R$40,00 
 Minas Gerais (média estadual) R$42,50 

Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) está sendo cotada a R$ 24,05. Na sexta-feira, 15, apresentou uma variação de –  0,88%. O mês de Agosto apresenta uma variação de – 6,31%.
O valor da saca em dólar está em US$ 14,68, com uma variação de  -1,55% no dia de ontem, e de – 10,66% registrada no mês.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais

(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)

 Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
 Goiás (média estadual) R$20,00 
 Minas Gerais (média estadual) R$22,00 
 Mato Grosso (média estadual) R$15,50 
 M. Grosso Sul (média estadual) R$17,50 
 Paraná (média estadual) R$21,00 
 São Paulo (média estadual) R$24,05 
 Rio G. do Sul (média estadual) R$23,50 
 Santa Catarina (média estadual) R$24,50