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Análise de Mercado

Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional.

Redação (21/11/2008)- Análise de Mercado – 24 de Novembro.
 
 
Suíno vivo
A política de cotas de importação de carnes pela Rússia está entre os pontos principais da pauta brasileira prevista para ser discutida com o presidente russo, Dmitry Medvedev, que chega hoje ao Brasil em visita oficial. A preocupação recai sobretudo entre os exportadores de carnes de frango e de suíno, itens cuja importação a Rússia declaradamente busca substituir por produção interna, o que significa que haverá cada vez mais disputa por cada quilo da cota tarifária de importação.
O atual sistema russo de cota de importação de carnes foi definido em 2005, com base no histórico de importação do país entre os anos de 2000 e 2003, período em que a participação do Brasil as compras russas de carne era praticamente inexpressiva, conforme explica Luiz Cláudio Carmona, coordenador-geral de Assuntos Multi-laterais do Ministério da Agricultura (MAPA). "Desde então, o Brasil acaba ocupando as cotas da categoria "Outros" e as de outros países", explica Carmona. E assim deve permanecer até 1 de janeiro de 2010 quando entra em vigor um outro sistema de cotas, cujo formato será definido a partir de meados de 2009.
No entanto, a prática de usar a cota de outros países não vem atendendo a necessidade dos exportadores de frangos e suínos. Pedro de Camargo Neto, Presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Suína (Abipecs), explica que o Brasil, que vinha usando a cota da União Européia (UE), perdeu essa regalia depois que a Rússia se comprometeu diante da Organização Mundial do Comércio (OMC) a respeitar as cotas de importação já estabelecidas para a UE. "Na época, o Brasil aceitou o sistema de cotas, com o comprometimento de que a Rússia administraria o sistema de cotas de forma a não prejudicar o Brasil, mas não foi o que aconteceu", lamenta Camargo.
Ele lembra que os embarques de carne suína do Brasil para a Rússia recuaram do patamar de 400 mil toneladas em 2005 para 250 mil toneladas neste ano", contabiliza Camargo, ponderando que também houve problemas sanitários neste período que contribuíram para essa redução.
Já os exportadores de carne bovina não muito do que se preocuparem neste momento. Apesar de também estar relegado à categoria "outros" no sistema de cotas da Rússia, na prática, o Brasil consegue usar a cota de outros países e blocos que não têm volume suficiente para atender a necessidade russa.
Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, explica que no caso dessa carne o mercado sempre funcionou alheio à ao sistema de cotas. No ano passado, a Rússia importou 1,030 milhão de toneladas de carne bovina (equivalente carcaça), segundo o USDA. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) o Brasil embarcou a esse destino 582,7 mil toneladas (equivalente carcaça).
O atual sistema de cotas do está razoável aos exportadores de carne bovina do Brasil. "Diferentemente do que ocorre com a produção interna de frango e suínos, a Rússia não tem condições de substituir as importações de carne bovina", afirma Luiz Carlos de Oliveira, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
De acordo com informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a produção de frango mais que dobrou entre 2004 e 2008 – de 650 mil toneladas para 1,5 milhão – e a projeção para 2009 é de avançar mais 15%, enquanto o consumo interno crescerá 6,7%. A produção de carne suína cresceu 18,2% entre 2004 e este ano e a previsão para 2009 é de avanço de 6,8%.Sobre o sistema de cotas para 2009, entregue pela Rússia à OMC, Camargo afirma que tratou-se mais de protocolo dentro do processo de entrada da Rússia na Organização do que uma proposta real. "Eles têm de entregar alguma proposta para terem um papel para negociar", explica. Camargo pondera que o Brasil quer é que haja uma cota global que seja ocupada pelo produto mais competitivo. "Não queremos uma cota específica para o Brasil", esclarece o dirigente da Abipecs. (Gazeta Mercantil /Suinocultura Industrial)
 
 GO R$3,30 
 MG R$3,30 
 SP R$3,30 
 RS R$2,28 
 SC R$2,50 
 PR R$2,15 
 MS R$2,60 
 MT R$2,05 

Frango vivo
Praticamente com a mesma rapidez com que passou de R$1,70/kg (preço de abertura do mês) para R$1,80/kg, o frango vivo comercializado no interior paulista retornou à cotação inicial de R$1,70/kg, valor de fechamento da quarta semana de novembro.
Como entramos, agora, nos cinco decisivos dias do mês, as possibilidades de reversão dessa situação se tornam mínimas. Sobretudo depois da informação (a ser confirmada ou desmentida, provavelmente, no decorrer desta semana) de que a produção de pintos de corte de outubro passado (fonte dos frangos que ora chegam ao abate) se aproximou da casa dos 500 milhões de cabeças. Ou, mais ainda, após os rumores de que os embarques do produto para o mercado externo vêm ficando bem aquém do retrocesso que já vinha sendo previsto.
Por ora, o frango vivo registra, no mês, preço médio de R$1,76/kg, valor 13,55% e 7,98% superior aos registrados, respectivamente, em novembro de 2007 e em outubro de 2008. Encontrando-se apenas 6,67% acima da média registrada no fechamento do ano passado, a atual cotação alcança, também, o segundo menor valor dos últimos seis meses – o que poderia ser interpretado como mais um indício de que o setor está em crise.
O momento é difícil, mas tudo indica que a crise ainda não atingiu a atividade. Tanto que a situação atual apenas repete, com diferenças mínimas, o mesmo cenário observado em novembro de 2007, quando o preço do frango vivo alcançou a menor cotação do segundo semestre.
Mesmo assim, as indicações de uma produção excessivamente elevada para o atual econômico podem agravar a situação do setor. (AviSite)

 SP R$1,70 
 CE R$2,90 
 MG R$1,80 
 GO R$1,70 
 MS R$1,40 
 PR R$1,80 
 SC R$1,70 
 RS R$1,65 

Ovos
O ovo retrocedeu, na semana que passou (dias 17 a 22, um período de fracos negócios, devido ao feriado comemorativo do Dia da Consciência Negra em grande parte do País), ao mesmo preço médio – R$39,00/caixa – registrado na abertura do mês. Só que, agora, enfrentando condições bem diferentes. Ou seja: enquanto no início de novembro as perspectivas eram de alta, agora as perspectivas são aquelas típicas de toda segunda quinzena do mês, em que, não obstante uma oferta relativamente controlada, o consumo é insuficiente para manter a estabilidade de preços.
Como resultado desse fraco desempenho, o preço médio do produto no mês recuou para R$40,10/caixa e deve alcançar, no fechamento, média ainda inferior a essa, mas superior à de outubro passado.
Embora 5,75% superior ao do mês passado (o que poderia pressupor grandes ganhos), o atual preço do ovo se encontra apenas 7,77% acima daquele alcançado em novembro de 2007 e, portanto, sequer cobre a inflação do período. No ano (isto é, em relação a dezembro/07), o valor médio do produto é 11,48% inferior. (AviSite)

 Ovos brancos
 SP R$39,90 
 RJ R$43,00 
 MG R$43,00 
 Ovos vermelhos

 MG R$45,00 
 RJ R$45,00 
 SP R$41,90 

Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 89,13, com variação em relação ao dia anterior de -0,04%. A variação registrada no mês de Novembro é de 1,51%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado em US$ 36,17, com variação de -0,06%. Já a variação no acumulado do mês é de 1,52%, na moeda norte-americana.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.

(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)

 Triangulo MG R$83,00 
 Goiânia GO R$81,00 
 Dourados MS R$87,00 
 C. Grande MS R$86,00 
 Três Lagoas MS R$85,00 
 Cuiabá MT R$81,00 
 Marabá PA R$74,00 
 Belo Horiz. MG R$83,00 

Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 46,09. O mercado apresentou no fechamento da semana uma variação de 0,61%. O mês de Novembro apresenta uma variação de 4,09%.
O valor da saca em dólar fechou a sexta-feira cotado a US$ 18,71, com uma variação de –1,99% e de –8,91% registrada no mês.

(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)

 Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
 R. Grande do Sul (média estadual) R$47,00 
 Goiás – GO (média estadual) R$42,00 
 Mato Grosso (média estadual) R$44,00 
 Paraná (média estadual) R$46,09 
 São Paulo (média estadual) R$46,50 
 Santa Catarina (média estadual) R$47,00 
 M. Grosso do Sul (média estadual) R$45,00 
 Minas Gerais (média estadual) R$44,00 

Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 20,39. O mercado apresentou no fechamento da semana uma variação de 0,29%. O mês de Novembro apresenta uma variação de –4,56%.
O valor da saca em dólar fechou a sexta-feira em US$ 8,27, com uma variação de –2,32%, e de –16,49% registrada no mês.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.

(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)

 Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
 Goiás (média estadual) R$16,00 
 Minas Gerais (média estadual) R$18,00 
 Mato Grosso (média estadual) R$15,00 
 M. Grosso Sul (média estadual) R$15,00 
 Paraná (média estadual) R$19,00 
 São Paulo (média estadual) R$20,39 
 Rio G. do Sul (média estadual) R$21,00 
 Santa Catarina (média estadual) R$21,00