Redação (23/01/2009)- O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem que o pacote de medidas anticrise, que deve ser anunciado hoje pela equipe econômica do governo, não deverá incluir medidas para o setor agrícola. Para a agricultura não teremos nada neste pacote. A agricultura vem sendo tratada de forma específica, com política de crédito ou dinheiro para comercialização, afirmou ele.
Para o ministro, a queda de 1 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic), para 12,75% ao ano, definida ontem pelo Banco Central, não deverá ter impacto no setor agrícola. A redução sinaliza uma diminuição geral dos juros, mas os impactos para os consumidores ou para a agricultura são praticamente nulos, disse ele. A agricultura, explicou Stephanes, tem sua dinâmica e taxa de juros próprias.
Ele comentou, ainda, que os R$ 2 bilhões para ajudar as cooperativas agrícolas a comercializar a safra deverão ser liberados nos próximos 10 a 15 dias. Em princípio, os recursos para comercialização da safra, com exceção das cooperativas, já estão equacionados. Ele ressaltou que talvez o Banco do Brasil precise de um pouco mais de recursos. Mas isso já está em pauta e esperamos que não faltem recursos para venda da safra, afirmou o ministro.
Stephanes observou que a expectativa para safra de grãos deste ano é de redução de 7% a 8%, em virtude da diminuição o uso de tecnologia no campo e da estiagem no Sul de País. Mas devemos lembrar que essa redução ocorre em relação ao ano anterior, quando a safra cresceu 9%. Assim é uma queda suportável, disse.