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H1N1

Combate ao H1N1

De acordo com especialistas, a gripe aviária preparou EUA para combate a novo vírus. Medidas de precaução foram úteis.

Seis anos de preocupações com a gripe aviária prepararam os Estados Unidos para o atual surto de gripe A(H1N1), afirmaram oficiais federais e um grupo independente de monitoração na quinta-feira, mas eles alertaram também que ainda há problemas no planejamento.

Depois que o H5N1 da gripe aviária se disseminou na Ásia em 2003, matando cerca de 60% dos infectados, muitos países adotaram medidas para lidar com a crise que emergiria caso o vírus fosse transmitido entre humanos. Isso não aconteceu, mas muitas medidas de precaução foram úteis. Entre elas:

– O governo federal estocou 50 milhões de doses de Tamiflu.

– Novas fábricas de vacina foram abertas.

– Planos contra a pandemia foram criados e treinamento para emergência efetuados.

“Todos temiam a gripe aviária e a biologia nos enganou”, disse Jeffrey Levi, diretor executivo do grupo de monitoração Trust for America’s Health, organização sem fins lucrativos que acompanha as preparações do país contra pandemias de gripe há muitos anos.

O primeiro caso do vírus H1N1 nos Estados Unidos (um morador de San Diego que ficou doente no dia 28 de março) foi descoberto apenas por causa destes planejamentos contra pandemias, disse a Dr. Anne Schuchat, diretora de imunização e doenças respiratórias do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

Um laboratório da Marinha em San Diego testava um novo exame rápido contra a gripe e percebeu ter encontrado algo diferente dos vírus anteriores. A amostra foi então enviada ao CCPD para sequenciamento, que gerou resultados na mesma semana em que  o laboratório nacional canadense sequenciou amostras de gripe do México.

O vírus H5N1 “foi um alerta para o mundo de que ameaças reais estão lá fora”, disse Schuchat.

Mas um relato da organização de Levi alertou para as fraquezas. Algumas delas:

– O fechamento de escolas para desacelerar a disseminação da epidemia causou confusão e frustrou pais e seus empregadores.

– Ao mesmo tempo, muitos adultos foram trabalhar doentes, colocando seus colegas em risco. De acordo com um relatório da Trust for America’s Health, 48% dos americanos não têm direito a faltar no trabalho por motivo de doença.

– Alguns hospitais foram sobrecarregados, mesmo cem casos medianos, por causa da “preocupação”, especialmente de pessoas que não tem assistência médica ou médicos particulares.

– Laboratórios estaduais com poucos recursos não conseguiram realizar testes no tempo adequado.

– Os níveis de alerta da Organização Mundial de Saúde geraram confusão.