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Cooperativas

Primeiro Complexo Avícola do Oeste do Paraná completa 40 anos

A Avicultura se tornou a principal atividade em boa parte das propriedades rurais cooperadas a Copacol

Primeiro Complexo Avícola do Oeste do Paraná completa 40 anos

Implantada como uma estratégia para agregar valor à produção agrícola, a Avicultura se tornou a principal atividade em boa parte das propriedades rurais cooperadas a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), que comemora este mês 40 anos do Complexo Avícola – o primeiro no sistema integrado do oeste paranaense.

A diversificação foi a saída para garantir renda aos produtores, que tiveram significativas perdas em uma estiagem intensa que afetou 70% da produção de grãos na região em 1978. Após todos investimentos para a engorda de frango, com construção de galpões, produção de ração e reprodução de pintainhos, o funcionamento da Unidade industrial começou em 5 de maio de 1982. “Precisávamos de uma alternativa caso tivesse mais perdas na lavoura. Foi neste momento que surgiu a ideia da diversificação. Investimos em todas as áreas: incubatório, matrizeiro, frigorífico… foi um grande desafio”, relembra o diretor-presidente, Valter Pitol, que na época era engenheiro agrônomo da Cooperativa.

Precursora do avanço no desenvolvimento econômico e social no campo e na cidade, a atividade é responsável por 58,43% de participação no faturamento bruto da Cooperativa, que atua no mercado interno e também exporta para 76 países. A atividade trouxe oportunidades aos cooperados, que tiveram a chance de permanecer no campo, mantendo renda e qualidade de vida à toda família. “Acompanhamos o resultado de todo esse investimento. Os filhos e netos dos nossos produtores estão se profissionalizando para ficar na atividade. É um momento inverso do que vivíamos há quatro décadas atrás, quando muitas famílias pensavam em deixar o campo”, diz Pitol.

O Complexo Avícola é formado por três fábricas de rações, com 80,4 mil toneladas produzidas por mês; seis matrizeiros de recria, com média de 130,3 mil matrizes alojadas/mês; 46 matrizeiros de produção, com 18 milhões de ovos/mês; dois incubatórios que produzem 18,9 milhões de pintainhos/mês, e abastecem 1.279 aviários no ciclo de produção de frango de corte, mantidos por 788 avicultores integrados.

CAMPO E CIDADE

Aquilino Viel, produtor de Cafelândia, iniciou na atividade em 1983, quando a Cooperativa lançou a segunda etapa de inscrições para avicultores. Ele começou com um aviário de cem metros. “Sabia que era algo que daria certo. A Avicultura deu oportunidade para gente se transformar. Entregamos 252 lotes apenas na minha inscrição. É um orgulho muito grande fazer parte dessa história, ver nossos produtos espalhados pelo mundo, sabendo que é o meu produto consumido por pessoas de diferentes nacionalidades”, relembra o avicultor.

A Avicultura provocou transformações no campo, evitando o êxodo rural, e também na cidade: moradores encontraram no Complexo Industrial de Aves uma oportunidade para realizar sonhos. “Fico emocionada em relembrar tudo o que passei”, diz a colaboradora Valdirene Borges da Silva, que completou 24 anos de trabalho na Unidade em Cafelândia: o emprego na Cooperativa proporcionou segurança para ela e a família. “Minha maior realização foi a compra da minha casa, onde sou muito feliz. Mas também comprei carro e pago os estudos da minha filha. É uma honra estar aqui e fazer parte da Copacol”, diz a colaboradora.

Abate deve chegar a 1 milhão de aves/dia

O sabor e a qualidade da Copacol se tornaram referenciais dos produtos que cooperam sempre com uma alimentação saudável e nutritiva no Brasil e no mundo. São mais de 180 produtos no portfólio.

Com abate diário de 710 mil aves, a empresa tem como meta chegar a 1 milhão de cabeças/dia até 2027. Ano passado foram 200 milhões de cabeças, totalizando 477,3 mil toneladas de carne – a exportação atingiu 283,8 mil toneladas. “Evoluímos em todos os nossos processos, desde estrutura até o melhoramento genético. O manejo leva em conta o bem-estar animal, atendendo aos padrões zootécnicos e também dos nossos consumidores, seguindo o processo halal. O resultado do nosso trabalho é consequência do envolvimento de todos, do campo até a venda do produto final”, afirma o superintendente de Produção, Irineu Dantes Peron.