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DIA DO AGRONEGÓCIO

Dia do Agronegócio: demanda por profissionais com ensino superior segue em crescimento

Neste Dia do Agronegócio, celebrado em 25 de fevereiro, reforçarmos a importância do setor para economia brasileira, não somente pela comercialização dos produtos no mercado interno e externo, como também pela geração de empregos

A Gessulli Agrimídia homenageia a todos os profissionais que impulsionam esse setor fundamental para a economia brasileira
A Gessulli Agrimídia homenageia a todos os profissionais que impulsionam esse setor fundamental para a economia brasileira

Neste Dia do Agronegócio, celebrado em 25 de fevereiro, reforçarmos a importância do setor para economia brasileira, não somente pela comercialização dos produtos no mercado interno e externo, como também pela geração de empregos. Em 2023, o setor agropecuário brasileiro manteve sua trajetória positiva no que diz respeito à geração de empregos, apresentando um saldo de 34,7 mil vagas abertas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse foi o sétimo ano consecutivo em que o setor registrou um saldo positivo, demonstrando sua importância contínua para a economia do país.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no terceiro trimestre de 2023, a população ocupada no setor do agronegócio brasileiro chegou a marca histórica de 28,5 milhões de pessoas.

Agronegócio busca por profissionais mais qualificados

O aumento da participação de trabalhadores com níveis de escolaridade médio e superior no agronegócio brasileiro tem sido uma tendência marcante nos últimos anos. Ainda segundo dados do Cepea, o número de trabalhadores com ensino médio aumentou em cerca de 467,88 mil pessoas, representando um aumento de 4,5% no comparativo entre o último trimestre de 2022 e 2023. Já para aqueles com ensino médio e superior completo e incompleto, a expansão foi ainda mais expressiva, atingindo 7,5%, ou seja, aproximadamente 300,91 mil pessoas a mais ingressaram no setor.

Esses dados refletem uma mudança significativa na composição da força de trabalho do agronegócio, com um claro movimento em direção a profissionais mais qualificados e com maior nível de instrução. Esse fenômeno não é novo, sendo observado desde 2012, indicando uma tendência de valorização da educação no setor.

Também houve um ligeiro avanço de 0,5% na participação de trabalhadores sem instrução, totalizando aproximadamente 8,68 mil pessoas adicionais. Entretanto, para os trabalhadores com ensino fundamental, completo e incompleto, houve uma retração de 3,2%, representando uma redução de cerca de 381,40 mil pessoas.

Em relação ao gênero, os dados revelam um crescimento modesto na participação feminina no agronegócio, com um aumento de 1,3%, equivalente a cerca de 140,22 mil mulheres a mais atuando no setor. Enquanto isso, a presença masculina registrou um incremento ligeiramente maior, com um aumento de 1,5%, o que representa aproximadamente 255,85 mil trabalhadores adicionais.

Estimula à educação no campo

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) desempenha um papel fundamental, fornecendo uma variedade de cursos de formação inicial e continuada para capacitar profissionais para atuarem no setor de forma gratuita.

De 1993 a 2023, o Senar já capacitou cerca de 85 milhões de atendimentos nas ações de formação profissional rural e promoção social. Os cursos oferecidos pelo Senar abrangem uma ampla gama de atividades do meio rural, desde agricultura e pecuária até silvicultura e agroindústria, refletindo a diversidade e a importância do setor agropecuário para o desenvolvimento do país.

Segundo a coordenadora de Formação Profissional do Senar, Fabíola Bomtempo, a oferta de cursos gratuitos teve início nos anos 90. “O Senar tem como missão realizar a educação profissional e a promoção social para as pessoas do meio rural. Nesse contexto, as ações de formação profissional ofertadas pelo Senar têm contribuído para gerar um cenário de crescente desenvolvimento da produção rural, gerando inovação, competitividade e avanços sociais no campo”, destaca Bomtempo.

De acordo com Bomtempo, o perfil dos estudantes é variado. Quase 50% na faixa de 25 a 45 anos; 24% de 46 a 64 anos; 20% entre 18 a 24 anos; pouca mais que 5% acima de 65 anos. Gênero: 51% masculino; 46% feminino, e um pouco mais de 2% que não declaram. “As ofertas do Senar acontecem nos 26 Estados e mais o Distrito Federal. Nossa capilaridade nos permite chegar a todos os municípios”, explica.

Além disso, a instituição também oferece cursos técnicos profissionalizantes, tanto presenciais quanto a distância, para formar profissionais qualificados para atender às demandas do mercado agropecuário. Com uma abrangência nacional, o Senar já registrou mais de 27 mil alunos matriculados nos cursos técnicos profissionalizantes, distribuídos em mais de 240 polos de apoio presencial em todas as regiões do Brasil.

Maria Cristina Ferreira, coordenadora de Educação Formal do Senar, ressalta a importância desses cursos técnicos para o setor. “Os cursos técnicos profissionalizantes são modelados pelo Senar com currículos adequados às inovações tecnológicas do campo, o que permite a formação de profissionais qualificados para ingresso no mercado do Agro e para empreendedores rurais realizarem a gestão da propriedade/empresa, com visão sustentável dos processos produtivos e de comercialização”, explica Ferreira.

Em relação ao perfil dos estudantes na formação técnica,  Ferreira explica que o maior percentual é de jovens e adultos na faixa etária entre 25 e 35 anos, homens e mulheres em percentuais próximos, e distribuídos nas cinco regiões brasileiras.