A 27ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PWC, uma empresa de consultoria e auditoria, revela que mais de dois terços (69%) dos líderes do agronegócio brasileiro estão confiantes sobre o crescimento econômico nos próximos 12 meses. Este número representa um aumento significativo em comparação com o ano anterior, quando apenas 40% dos CEOs do setor expressaram confiança na expansão econômica. Além disso, 17% dos executivos do agronegócio estão preocupados com uma possível desaceleração em 2024, enquanto 14% preveem estabilidade.
A confiança no setor agropecuário supera a média nacional, onde 55% dos executivos de todos os setores acreditam em crescimento econômico, enquanto 29% preveem desaceleração e 15% estabilidade.
Os CEOs brasileiros do agronegócio demonstram um otimismo ainda maior do que a média global, onde 44% dos executivos esperam crescimento econômico em seus países, enquanto 37% antecipam desaceleração e 17% preveem estabilidade. A pesquisa, que entrevistou mais de 4,7 mil líderes empresariais em cem países, destaca o maior otimismo dos líderes do agronegócio brasileiro em relação à economia nacional, atribuído principalmente à capacidade do setor em atrair investimentos.
Quanto às perspectivas de suas próprias empresas, 35% dos líderes do agronegócio acreditam que suas receitas aumentarão este ano, uma queda em relação aos 78% do ano anterior. No entanto, essa confiança é menor do que a média nacional de 52% e global de 37%. Para os próximos três anos, 57% dos executivos do agronegócio esperam um aumento na receita de suas empresas, em comparação com 70% no ano anterior, embora ainda acima das médias nacional (62%) e global (49%).
Os líderes do agronegócio brasileiro identificam os Estados Unidos e a China como os mercados mais importantes para o crescimento do setor, com 49% e 43% de menções, respectivamente. Outros mercados relevantes incluem Índia (14%), México (11%) e Argentina (9%). Os Estados Unidos também são destacados pelos executivos de outros setores, com 44% mencionando sua importância para o faturamento das empresas, seguido pela China, com 24%.
Quanto à sustentabilidade a longo prazo, 31% dos líderes do agronegócio brasileiro temem pela viabilidade de seus negócios em dez anos se não houver reinvenção nos modelos de negócios, um aumento em relação aos 23% do ano anterior. Isso destaca a necessidade de inovação e compreensão do mercado por parte do setor.
Apesar dos desafios, os executivos do agronegócio estão adotando tecnologias para reinventar seus modelos de negócios, com 66% deles investindo nesse sentido. No entanto, o ambiente regulatório é identificado como o principal obstáculo para a reinvenção corporativa, seguido pela instabilidade na cadeia de abastecimento e falta de competência na força de trabalho.