De acordo com estimativas divulgadas pela representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília (DF), o Brasil está previsto para produzir 4,68 milhões de toneladas (TEC) de carne suína em 2024. Esse volume representa um aumento de 4% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo aumento do abate, redução dos custos de alimentação e investimentos destinados a aumentar a produção, conforme destacado pela agência.
Apesar desse crescimento, a projeção fica abaixo da estimativa anterior de 4,88 milhões de toneladas, devido a preocupações com os preços e disponibilidade de ração, além de condições econômicas mais lentas.
Mercado Interno
O USDA também prevê um aumento de 4% no consumo doméstico de carne suína em 2024, chegando a 3,18 milhões de toneladas em equivalente carcaça. Esse aumento é atribuído à maior disponibilidade de carne suína no mercado interno e aos preços mais baixos para os consumidores, tornando a carne suína mais competitiva em comparação com outras fontes de proteína.
Exportação
Quanto às exportações, espera-se um crescimento de 6% em 2024 em comparação com o ano anterior, totalizando 1,5 milhão de toneladas, o que representa 32% de toda a produção. Essa previsão é baseada no aumento da disponibilidade de carne suína, na forte demanda externa, no aumento das compras de novos mercados e na ampliação das exportações para consumidores existentes, além do status sanitário favorável do Brasil em comparação com seus concorrentes, especialmente aqueles que enfrentam a Peste Suína Africana na Europa, conforme mencionado no relatório do USDA.
Segundo os dados oficiais do USDA, a China importará 2,25 milhões de toneladas de carne suína em 2024. No ano passado, o Brasil ultrapassou a Espanha e se tornou o maior exportador do produto para o país asiático.