A valorização do dólar frente às principais moedas tem sido impulsionada pela perspectiva de continuidade de uma política monetária conservadora por parte do Federal Reserve (Fed).
A força da economia americana no primeiro trimestre, refletida em indicadores de atividade, inflação e mercado de trabalho, contribuiu para esse cenário. Apesar das expectativas de que o Fed possa iniciar cortes nos juros ainda este ano, a resiliência econômica sugere uma valorização do dólar no curto prazo.
Desde o início de 2024, o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis moedas fortes, ultrapassou os 105 pontos, um marco não visto desde novembro do ano anterior. Especialistas divergem sobre a durabilidade desse fortalecimento.
O Federal Reserve revisou sua projeção para a taxa de juros neutra, enquanto analistas preveem movimentos variáveis no ciclo de cortes de juros, tanto nos Estados Unidos quanto em outros bancos centrais globais.
A economia do Reino Unido e da zona do euro enfrentam seus próprios desafios, com expectativas de que o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu possam iniciar cortes após o Fed.
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A valorização recente do dólar também reflete um movimento de busca por segurança, exacerbado por tensões geopolíticas. Paralelamente, o iene japonês enfrentou uma forte desvalorização em relação ao dólar, apesar da subida dos juros pelo Banco do Japão, que encerrou uma era de juros negativos.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos, com Joe Biden e Donald Trump em disputa, adicionam um elemento de incerteza ao mercado cambial.
As políticas fiscais e comerciais dos candidatos poderiam impactar a direção do dólar, com especial atenção para as possíveis tarifas comerciais em um novo governo Trump, que poderiam influenciar as decisões de política monetária do Fed.
Analistas seguem atentos aos próximos movimentos do Fed e aos indicadores econômicos globais para ajustar suas expectativas sobre a trajetória do dólar no mercado cambial.
