Produtores de aves e suínos no Rio Grande do Sul estão calculando as perdas causadas pelas chuvas recentes, com danos financeiros significativos. Na suinocultura, os prejuízos ultrapassam R$ 40 milhões, incluindo danos estruturais e mortalidade animal.
O setor avícola ainda está finalizando a contabilidade dos danos, prevista para ser concluída neste final de semana.
Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), informou que aproximadamente 12,6 mil suínos foram mortos pelas enchentes e deslizamentos, e que cerca de 26 mil metros quadrados de instalações foram destruídos total ou parcialmente.
A reconstrução das granjas deve custar mais de R$ 30 milhões, enquanto as perdas em animais são estimadas em cerca de R$ 12 milhões.
Os dados são preliminares, mas a associação pretende apresentar os resultados finais para os governos federal e estadual na próxima semana. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deverá visitar o estado para discutir medidas de apoio ao setor afetado.
No setor avícola, José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), afirmou que a entidade já possui números preliminares sobre os danos, com uma divulgação completa prevista para hoje (20/5).
As chuvas também levaram à paralisação ou redução das atividades de dez unidades frigoríficas de aves e suínos no Rio Grande do Sul.
Atualmente, três ou quatro plantas ainda estão paradas, incluindo a unidade da Dalia Alimentos em Encantado, que deve retomar as operações no final de maio, e as unidades da Bom Frango em Venâncio Aires e Minuano em Arroio do Meio.