O Plano Safra 2024/2025 está praticamente finalizado e deve destinar R$ 540 bilhões para custeio e investimento aos agricultores de diferentes portes. Este montante representa um aumento de cerca de 25% em relação ao plano anterior, que totalizou R$ 435 bilhões.
A definição do plano avançou após uma reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com representantes de setores como máquinas agrícolas, agroindústrias e proteína animal, realizada há aproximadamente um mês em São Paulo.
Durante o encontro, agentes do Ministério da Agricultura apresentaram dados técnicos para justificar a necessidade de mais crédito e menores taxas de juros para o setor.
Do montante, R$ 430 bilhões do total seriam destinados à agricultura empresarial, mas a distribuição exata ainda não foi definida.
A reunião também preparou o terreno para um acordo entre o Ministério da Agricultura e a equipe econômica da Fazenda, com detalhes do Plano Safra 2024/2025 quase fechados para o anúncio oficial no final de junho.
Apesar dos dois anúncios de Plano Safra em 2023 – um para a Agricultura Empresarial e outro para a Agricultura Familiar – o próximo Plano Safra deve considerar um valor global.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, destacou o esforço do ministro Fávaro e do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, para atender às demandas do setor.
Entre as demandas apresentadas ao governo, estão mais recursos para programas como Inovagro e Moderagro, e um aumento no limite de financiamento para aviários.
Paulo Bertolini, presidente da Abramilho, ressaltou a necessidade urgente de investimentos em armazenagem, estimando que seriam necessários R$ 15 bilhões apenas para acompanhar o crescimento da agricultura brasileira.
As taxas de juros para programas como Moderfrota e Inovagro devem ser reduzidas, ficando entre 7,5% e 8,5%, atendendo a uma das principais demandas do setor. Além disso, o Plano Safra 2024/2025 deve destinar R$ 2,5 bilhões ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (SPR), um aumento em relação ao valor atual.
Os recursos específicos para agricultores familiares ainda não foram definidos, conforme informou o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que sugeriu um Plano Safra separado para pequenos agricultores.
Fonte: Agro Estadão