Meteorologistas da Climatempo preveem um período de neutralidade climática nos próximos meses, sem a influência de fenômenos como El Niño ou La Niña. Essa situação pode favorecer a recuperação das lavouras no Rio Grande do Sul. Caio Souza, meteorologista da Climatempo, afirma que o cenário de neutralidade deve persistir até o final do ano.
Apesar de algumas previsões apontarem um La Niña mais intenso entre outubro e novembro, outras sugerem que o fenômeno será fraco e breve, prolongando a seca na Amazônia, mas beneficiando o pré-plantio de soja no Centro-Sul com chuvas previstas para setembro.
A Climatempo recomenda que os produtores monitorem as previsões climáticas para ajustar suas janelas de plantio. A neutralidade climática pode evitar extremos climáticos, beneficiando os agricultores no Rio Grande do Sul, que precisam de condições estáveis para a próxima safra.
Marcely Sondermann, meteorologista da Climatempo, destaca que desvios de temperatura continuarão mais frequentes devido às mudanças climáticas globais, ressaltando a importância de metas climáticas e regulação ambiental no setor agro.
Caio Souza aponta que o agronegócio deve passar por uma “segunda revolução climática”, com o uso de tecnologia para melhorar a gestão das culturas agrícolas. Isso envolve prever condições climáticas específicas para cada região e cultura, o que pode influenciar decisões sobre cultivares e práticas de plantio.
Gustavo Spadotti, da Embrapa Territorial, menciona projetos de descarbonização e análise preditiva do clima para ajudar os produtores a se prepararem melhor. Isso inclui o uso de biogás, biometano e bioinsumos, além de cultivar variedades mais resistentes aos extremos climáticos.
Os próximos meses no Brasil devem ser de neutralidade climática, sem extremos significativos, permitindo uma recuperação gradual das lavouras e oferecendo uma oportunidade para os agricultores ajustarem suas práticas de plantio e manejo.