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Estrutura populacional mais velha favorece consumo de proteína animal

A população brasileira está envelhecendo mais rapidamente do que o previsto, com taxas de natalidade caindo significativamente nos últimos anos, o que cria potencial para aumento da demanda por proteína animal

Estrutura populacional mais velha favorece consumo de proteína animal

De acordo com dados divulgados pelo Rabobank, a população brasileira está envelhecendo mais rapidamente do que o previsto, com taxas de natalidade caindo significativamente nos últimos anos, mesmo antes do impacto da pandemia. Uma base de consumidores mais velha terá consequências para as vendas futuras de alimentos, pois as necessidades dos consumidores mudam com a idade. Ao mesmo tempo, os consumidores mais jovens de hoje formarão o maior segmento consumidor da população futura, com pico de atividade econômica em 2030. Isso significa que alguns hábitos de consumo observados nas gerações mais jovens de hoje refletirão nas vendas futuras no segmento de consumidores mais velhos.

Fonte: IBGE/Rabobank

De acordo com o banco, analisando e comparando os dados demográficos do Brasil em 2030 e 2050 com os de 2010, observa-se um aumento no potencial de consumo per capita de carnes em geral. Uma maior participação da população adulta economicamente ativa cria potencial para aumento da demanda nas próximas décadas. Isso atingirá seu pico em 2046. Em 2030, a população brasileira deverá crescer cerca de 30 milhões de pessoas em relação a 2010. Com isso, o aumento da demanda interna por carne bovina deve ser de aproximadamente 785.000 toneladas, para carne suína em torno de 530.000 toneladas, e para frango 1,5 milhão de toneladas. Até 2050, o aumento populacional em relação a 2010 deve ser de cerca de 38 milhões de pessoas, o que elevaria a demanda por carne bovina em cerca de 996 mil toneladas, carne suína em 670.000 toneladas métricas e frango em outro aumento de 2 milhões de toneladas métricas nos níveis atuais de consumo per capita.

O Rabobank ressalta que no mesmo período, o consumo de proteínas alternativas, como produtos de origem vegetal, também deve registrar melhora, principalmente pelas gerações mais jovens e flexitarianas, ainda que em níveis incipientes em relação às proteínas animais. Uma pesquisa da NielsenIQ concluiu que as vendas de carnes congeladas à base de vegetais saltaram 52% no Brasil em 2021, atingindo um volume de 1,9 tonelada. Alguns dos consumidores mais jovens que estão comprando mais ativamente esses produtos atingirão a maturidade econômica nos próximos anos, levando ao crescimento dessas alternativas em relação a onde estão hoje.