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Sanidade

Empresa avícola argentina encerra operações após efeitos devastadores da Influenza Aviária

Empresa avícola argentina encerra operações após efeitos devastadores da Influenza Aviária

A avicultura da região da Patagônia enfrenta um momento de luto com o fechamento definitivo da empresa Elepeve, em Allen, após mais de quatro décadas de liderança no mercado de produção e venda de ovos. Fundada em 1974 pela família Romero, a Elepeve não conseguiu se recuperar dos impactos causados pelo surto de gripe aviária, que forçou o sacrifício de 200 mil galinhas poedeiras no início de 2023.

Antes da crise, a Elepeve se destacava como uma das maiores produtoras de ovos da Patagônia, com uma produção semanal de 1 milhão de ovos e cerca de 20 funcionários. A empresa era conhecida por sua tecnologia de ponta, que incluía uma planta de produção totalmente automatizada e autossustentável, operada por energia solar. Em 2010, a empresa passou por um processo de modernização liderado pelos irmãos Pablo e Alejandro Romero, que buscavam aprimorar os processos produtivos iniciados por seu pai, Jorge Romero.

No entanto, a chegada da gripe aviária mudou o destino da Elepeve. O veterinário Pablo Romero detectou o surto em uma quinta-feira, e logo após, as autoridades de saúde ordenaram o sacrifício de todo o rebanho. Cerca de 40 mil galinhas já haviam morrido devido à doença quando o abate foi iniciado. Apesar dos esforços do governo provincial, que ofereceu subsídios para ajudar as empresas avícolas afetadas, a Elepeve não conseguiu repovoar sua granja nem quitar suas dívidas com fornecedores e salários.

Para tentar manter o negócio, a Elepeve reduziu seu quadro de funcionários e passou a comprar ovos de terceiros para reembalá-los e revendê-los. No entanto, as dificuldades financeiras continuaram. Pablo Romero relatou que a empresa comprava ovos por 20 e vendia por 18, tornando impossível a continuidade das operações.

Com o encerramento das atividades, parte dos trabalhadores que ficaram sem emprego realizaram protestos em busca de suas indenizações. Romero afirmou que seis dos dez funcionários chegaram a um acordo, recebendo compensações como pontos de venda e veículos da empresa. No entanto, quatro funcionários ainda reivindicam seus direitos, e representantes do Ministério do Trabalho e delegados sindicais intervieram na situação.

A história da Elepeve é um exemplo triste do impacto devastador da gripe aviária, que continua a ameaçar a indústria avícola em todo o mundo.

Fonte: LM Cipolletti