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Custos de Produção

Carne suína sobe mais de 12% ao produtor gaúcho

Elevação da última semana aproxima preço médio do patamar negociado em setembro de 2021

Carne suína sobe mais de 12% ao produtor gaúcho

Os suinocultores gaúchos iniciam a semana após a elevação de 12,78% no preço do suíno tipo carne, registrada pela Emater-RS/Ascar nos últimos sete dias. Conforme levantamento conjuntural de 19 a 22 de setembro, o valor médio do quilo vivo chegou a R$ 6,00, ante os R$ 5,32 da semana entre 12 e 16 de setembro. A cotação teve o valor máximo de R$ 6,60 para o período e também se aproxima do patamar médio de R$ 6,18, de praticamente ano atrás, entre 20 e 24 de setembro de 2021.

A elevação veio na contramão do fechamento do mercado semanal nacional. Segundo a Safras & Mercado, o período foi caracterizado por um recuo nos preços do quilo do suíno vivo de 1,17% no país, com baixa de 2,84% na carcaça, passando de R$ 9,68 para R$ 9,40 kg/vv. Apesar de apontar estabilidade à remuneração da suinocultura integrada nos três estados do Sul, a consultoria apontou retração também nas cotações do mercado livre de Santa Catarina (-1,61%) e do Paraná (-0,8%).

De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, a diferença no Estado é explicada pela forte participação de suinocultores independentes na atividade, o que aumenta a flutuação do mercado. “São mais de 200 agroindústrias abastecidas por produtores independentes no RS”, argumenta. Além disso, destaca que o suinocultor do mercado livre, diferentemente do integrado, negocia os valores em todas as vendas que realiza, sem estabilidade alguma na remuneração. 

A manutenção das vendas internas e o crescimento nas exportações de carne suína de agosto, que bateram recorde nacional de 114,7 mil toneladas, também foram decisivas para a mudança. No entanto, Folador a considera momentânea e peculiar, dadas as características produtivas do Estado, pois os preços recebidos ainda estão abaixo do custo de produção. E alerta que a expectativa de comercialização para esta última semana do mês indica um cenário de retração. “O consumidor costuma estar descapitalizado nesse período”, comenta.