Enquanto os preços médios da carne suína registram alta de outubro para novembro, os da proteína bovina apresentam pequena elevação, e os do frango, queda. Diante disso, a competitividade da carne suína caiu de outubro para novembro em relação às duas concorrentes.
Em novembro, a carcaça suína foi comercializada ao preço médio de R$ 10,76/kg no atacado da Grande São Paulo, alta de 4,2% em relação ao de outubro. Agentes consultados pelo Cepea indicaram aquecimento na demanda por parte dos atacadistas e consequente boa fluidez nas vendas, cenário que possibilitou elevação nas cotações da carne ao longo do mês.
Quanto à proteína bovina, os preços estiveram firmes. Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos demandantes esteve mais ativa no mercado, com objetivo de montar estoques para as festas do final de ano, cenário que sustentou os valores da carne. A carcaça casada foi comercializada no atacado da Grande São Paulo à média de R$ 19,45/kg, avanço de 0,6% em relação à do mês anterior.
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No caso da carne de frango, o crescimento da oferta, sobretudo de filé e de peito, ocasionou queda nos preços em novembro – muitos agentes se viram forçados a adotar a estratégia de reajustar negativamente os valores, visando elevar a liquidez e evitar o aumento de estoques. Vale lembrar que, especialmente neste período que antecede as festas de final de ano, a procura por aves natalinas e carne suína cresce, em detrimento da proteína de frango.
Desta forma, no atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro resfriado registrou média R$ 7,52/kg em novembro, queda de 1,5% em relação a outubro.
Diante disso, a carcaça especial suína esteve 3,24 Reais/kg acima do valor do frango inteiro em novembro, expressivo aumento de 20,7% frente à diferença registrada em outubro. Com relação à carcaça casada bovina, a diferença ficou em 8,69 Reais/kg, recuo de 3,6% frente à diferença observada no mês anterior. Vale destacar que, com o preço médio da carne suína se distanciando do de frango e se aproximando da cotação da carne bovina, ocorre a perda de competitividade da proteína suinícola.
