A Arábia Saudita proibiu as importações de 11 aviários brasileiros sem aviso ou explicação, de acordo com uma declaração conjunta dos ministérios da agricultura e das Relações Exteriores do Brasil na quinta-feira.
A JBS SA (JBSS3.SA), maior empresa de carnes do mundo, confirmou que foi afetada pela proibição, mas não divulgou quantas fábricas foram alvejadas pela decisão.
A Autoridade Saudita para Alimentos e Medicamentos disse que as importações de sete fábricas da JBS serão suspensas a partir de 23 de maio.
A BRF SA (BRFS3.SA), maior processadora de frango do Brasil, disse que nenhuma de suas unidades foi afetada.
A ABPA, associação que representa os processadores de aves e suínos no Brasil, lamentou a decisão do importador de carne do Brasil de longa data. Disse que está apoiando os esforços do governo brasileiro para entender a decisão “unilateral” da Arábia Saudita.
A embaixada saudita no Brasil não estava imediatamente disponível para comentar.
Os países árabes, que importam produtos halal feitos de acordo com os padrões dietéticos muçulmanos, há algum tempo tentam reduzir as importações enquanto aumentam a produção doméstica de carne.
“O governo brasileiro ficou surpreso e consternado com a decisão da Arábia Saudita de suspender 11 unidades exportadoras de aves”, disse o comunicado do ministério conjunto. “Não houve contato prévio das autoridades sauditas, nem deram qualquer motivação ou justificativa para apoiar as suspensões.”
O governo brasileiro disse que iniciou conversações com a Arábia Saudita a respeito das proibições.
O governo brasileiro disse ter sabido das suspensões por meio da publicação de uma nova lista de usinas brasileiras autorizadas a exportar para a Arábia Saudita.
O Brasil disse que a nova lista excluindo as 11 plantas foi emitida na quinta-feira pela Autoridade Saudita de Alimentos e Medicamentos.