O prêmio Nobel é uma das maiores congratulações do mundo. A sua origem está ligada ao químico e industrial Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), responsável pelo desenvolvimento da dinamite, o que o tornou milionário. Em testamento, após sua morte, pediu que toda a sua fortuna fosse aplicada em formas de reconhecimento às pessoas em todo o mundo cujas ações proporcionassem benefícios à humanidade. O uso da dinamite para fins militares e alta mortalidade e danos causados por sua ação impactaram Alfred Nobel. Embora isso não tenha ficado totalmente claro em vida, o que se imagina que foi esta a forma de Nobel tentar amenizar os estragos causados por sua invenção, valorizando as boas ações.
Desde 1901, intelectuais se reúnem para analisar e indicar os ganhadores do prêmio em várias categorias, entre elas a da Paz, existente desde a primeira premiação. Inúmeros profissionais de diferentes áreas e organizações foram laureados com o Nobel da Paz por seus trabalhos voltados a estabelecer a fraternidade entre as nações. dentre eles, o engenheiro agrônomo americano Norman Borlaug (1914-2009), responsável pela chamada “Revolução Verde”, determinante para a redução da fome no mundo.
O Brasil nunca conquistou um Nobel ao longo destes mais de 100 anos de premiação. Neste ano, no entanto, há possibilidades de finalmente o país ter sua primeira medalha. O engenheiro agrônomo e ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli é um dos indicados na categoria Paz. Paolinelli estabeleceu toda a base para a estruturação e avanço da recém-criada Embrapa, além de investir em conhecimento e pesquisa, o que resultou no desenvolvimento da agricultura no Cerrado. Este movimento nos anos 1970 foi fundamental para o país avançar com o seu agronegócio, deixando de ser um importador de alimentos para se tornar um gigante exportador.
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O trabalho desenvolvido por Paolinelli – amigo, inclusive, de Borlaug – fez com que o Brasil reduzisse a fome, ampliando sua segurança alimentar e a de diversos países do mundo, já que fornece os mais variados produtos alimentícios para quase 200 mercados. A fome é um fator de conflito, e reduzi-la leva a paz. É nisso que acreditamos, imaginando que finalmente um brasileiro poderá conquistar um Nobel. Boa sorte Paolinelli.
Humberto Luis Marques
Editor Suinocultura Industrial
