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Economia

Governo Federal e Indústria da cana-de-açúcar querem exaltar o etanol como alternativa aos carros elétricos

O Governo Federal e a Indústria de Cana-de-açúcar defendem o etanol como uma alternativa para os carros elétricos e afirmam que o biocombustível tem uma pegada de carbono bem menor durante todo o seu ciclo de vida

Governo Federal e Indústria da cana-de-açúcar querem exaltar o etanol como alternativa aos carros elétricos

O mundo está nos preparativos para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que será realizada do dia 31 de outubro até 12 de novembro na Escócia, e o Governo Federal juntamente da indústria de cana-de-açúcar planejam exaltar o uso do etanol como uma boa alternativa no novo cenário de carros elétricos. A comitiva, que representará o país e a indústria de cana-de-açúcar na conferência, mostrará os benefícios do etanol que afirma ter menor emissão de carbono que os carros elétricos convencionais.

Com os preços dos carros elétricos de entrada, etanol pode ser a única saída no Brasil

Sendo há um bom tempo uma alternativa à gasolina no Brasil, principalmente com a chegada dos carros flex, o combustível produzido a partir da cana-de-açúcar está cada vez mais no centro do debate com o início da mudança para os carros elétricos. Há várias linhas de pensamento, que assim como o Governo Federal, afirmam que o etanol possa desempenhar um papel importante nesse novo cenário.

Os apoiadores dos carros elétricos, como única opção para reduzir as emissões, acabam eliminando o biocombustível da lista de opções de acordo com o que se prevê o fim dos motores a combustão interna nos próximos anos. Entretanto, a indústria da cana-de-açúcar enxerga de outra forma.

O presidente do conselho de administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti, afirma que o etanol será uma alternativa aos carros elétricos, mas tudo dependerá do contexto de cada região. O executivo destaca que o combustível produzido a partir da cana-de-açúcar tem uma pegada de carbono mais limpa que a de um carro elétrico à bateria, desde que se considere todo o ciclo de vida do sistema.

Governo rebate a ideia de que o etanol possa causar desmatamento de florestas

De acordo com uma reportagem publicada pelo Invest Exame, documentos acessados pela agência britânica BBC afirma que o Governo Federal defendeu o etanol junto ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que é responsável pela elaboração do relatório climático que é utilizado pelo Governo Federal e que serve de base às discussões nas Conferências do Clima da ONU.

Em termos gerais, os pesquisadores do IPCC afirmam que a produção do etanol e outros biocombustíveis geram desmatamento de florestas para o cultivo de monoculturas. Teoria que é rebatida pelo Governo Federal ao afirmar que o plantio de cana-de-açúcar é feito sobre áreas já degradadas e não florestas que nunca foram desmatadas.

Carros elétricos podem ter preços mais baixos

Embora os carros elétricos tenham um preço mais “salgado”, seu preço tende a cair de forma significativa nos próximos anos. O seu principal componente, a bateria, tem visto seu preço cair ano após ano e com o desenvolvimento de novas composições o horizonte se torna cada vez mais favorável aos elétricos.

Sendo assim, o debate sobre o papel do etanol na mobilidade limpa mostra ainda uma alternativa muito interessante, caso se torne economicamente e tecnicamente viável: o carro elétrico equipado com célula de combustível a etanol.