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Agronegócio

Governo quer aumentar ações de promoção do agro brasileiro no exterior

Chanceler brasileiro participou da abertura de curso sobre agronegócio

Governo quer aumentar ações de promoção do agro brasileiro no exterior

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse hoje (9) que o governo quer recuperar e aumentar o número de ações presenciais e híbridas para promoção do agronegócio brasileiro no exterior.

Com a perspectiva de melhora das condições sanitárias da pandemia de covid-19, segundo ele, será possível ampliar a participação de pequenas e médias empresas em feiras internacionais no ano que vem.

“Em muitas embaixadas e consulados, queremos reforçar o modelo híbrido de encontros, com sessões de exposição e degustação de produtos seguidas de participação virtual de empresários brasileiros atuantes no setor”, explicou. “Creio que nossa meta tem que ser intensificar a prospecção de oportunidades e desafios em segmentos específicos. Essa prospecção auxiliada por estudos de mercado”, disse.

França participou, nesta terça-feira, da abertura da terceira edição do curso O Brasil no Agronegócio Global, realizado pelo Insper em uma parceria com a Fundação Alexandre Gusmão, vinculada ao Itamaraty. A capacitação é oferecida a diplomatas do Itamaraty, funcionários da Apex-Brasil, servidores do Ministério da Agricultura (Mapa) e instituições vinculados e servidores do Ministério da Economia.

De acordo com França, será importante a atuação desses servidores na concepção de iniciativas de inteligência e promoção comercial do setor no exterior.

“Essa é uma busca que temos feito no Itamaraty, fortalecer as sinergias entre a política comercial que elaboramos no Brasil e a promoção comercial que é conduzida no exterior, ao mesmo tempo em que estendemos a atuação do Itamaraty a temas do setor agrícola, como por exemplo, a reputação do agronegócio brasileiro e a projeção, no exterior, dos compromissos da produção agropecuária em consonância com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável”, disse o ministro.

Segundo ele, a intensificação da atuação conjunta dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura resultou na abertura de 167 novos mercados no exterior a produtos brasileiros, desde 2019. A meta é superar a marca de 200 mercados abertos antes do final deste ano.

Para isso, de acordo com França, desde o ano passado o Itamaraty criou setores agrícolas com funcionários exclusivos para a promoção dos interesses do agronegócio brasileiro em 46 embaixadas e consulados. Esses setores dedicados se somam aos 120 setores de promoção comercial já existentes nas principais cidades do mundo.

De janeiro a julho deste ano, segundo o ministro, as exportações da agropecuária superaram US$ 70 bilhões, o maior valor da série histórica para o período. Apenas em agosto de 2021, foram US$ 10,9 bilhões, acima do recorde registrado em agosto de 2013, de US$ 10,1 bilhões.

Capacitação

O objetivo do curso é apresentar uma visão ampla dos principais desafios que envolvem o agronegócio brasileiro em um contexto de transformações e novas exigências globais. Foram selecionados 45 participantes: 22 do Itamaraty, 19 do Mapa, 2 do Ministério da Economia e 2 da Apex Brasil.

Entre os desafios abordados, o ministro Carlos França destacou a dinâmica de inserção internacional do agronegócio, as “barreiras ilegítimas” ao comércio sob a forma de restrições técnicas, as estratégias de agregação de valor nas cadeias do agronegócio, a identificação das grandes macrorregiões do agro mundial, o tratamento de questões sanitárias, a sustentabilidade do agronegócio brasileiro, os riscos que existem de imagem e reputação e, por fim, a urgência de uma boa comunicação do agro no exterior.