Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 8.014.278 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana. O número representa um aumento de 77.248 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 20 de fevereiro. Os dados da FAO foram atualizados até a última quinta-feira (5). Os números da organização divergem das estimativas de mercado por contabilizarem somente os dados divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.
O aumento se deve, principalmente, ao número de suínos descartados nas Filipinas que passou de 143,43 mil animais para 217.175 mil animais. No país, 14 novos focos foram verificados nos últimos quinze dias e uma nova província afetada, a de Camarines do Sul. Mais 73.745 animais foram eliminados em virtude destes novos casos. Desde 25 de julho deste ano, quando o Departamento de Agricultura local confirmou o primeiro caso, 237 focos em 17 províncias e em uma cidade foram identificados.
A FAO informou, ainda, que 102 novos focos da doença foram detectados no continente asiático. Destes, a maioria, 78 foi verificada na Coreia do Sul. Com a atualização, a FAO estima 5.094 focos da doença espalhados pela Ásia, ante 4.992 do relatório anterior.
Na Coreia do Sul, o número de casos detectados passou para 320, ante 242 no levantamento anterior. No período 306 animais foram eliminados. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que, desde que a doença foi notificada, em 17 de setembro, três cidades foram atingidas pela epidemia e 450 mil suínos eliminados.
Na Indonésia, oito novos focos foram identificados e uma nova província afetada, a de East Nusa Tenggara, com 2.825 animais levados ao abate sanitário. Desde que a doença foi confirmada pelo Ministério da Agricultura em 12 dezembro, 857 propriedades foram atingidas em 21 regiões da província de Sumatra Norte e três regiões da província de East Nusa Tenggara. Estima-se que 81,1 mil animais já foram eliminados pela contaminação com a doença no país.
Na China, que tem a situação mais crítica em termos de extensão, mais sete animais foram eliminados no último período de cobertura do relatório com a identificação de um novo foco. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, desde a identificação da doença, 1,193 milhão de animais foram eliminados e 169 focos em 32 províncias detectados, incluindo a região administrativa de Hong Kong.
Um novo foco também foi detectado em Mianmar, uma nova província foi contaminada, a de Kachin, e 365 animais foram eliminados. No país, desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo, em 1º de agosto, a epidemia atingiu duas províncias com seis focos e já levou ao abate sanitário de 538 animais.
Nos demais países afetados, Vietnã, Laos, Coreia do Norte, Timor Leste, Mongólia e Camboja, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior. O Vietnã tem a pior condição em termos de número de animais levados ao abate sanitário com 6 milhões de animais eliminados. Segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do país, a epidemia atingiu 667 distritos em 63 províncias/cidades desde o relato da doença, em 19 de fevereiro.
No Laos, desde a detecção da epidemia, em 20 de junho, 170 focos foram relatados em 18 províncias e 49 mil animais foram eliminados. A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado em 23 de maio, o que levou à eliminação de 77 animais. No Timor Leste, desde que o primeiro caso foi confirmado, em 27 de setembro, 2.610 focos foram identificados e 16 mil animais, sacrificados.
Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso, detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3,115 mil animais, mais de 10% do plantel do país. No Camboja, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, a identificação da doença ocorreu em 2 de abril, e 2,85 mil animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas.