As termelétricas a biomassa foram responsáveis por quase metade de toda geração térmica verificada em maio no Sistema Interligado Nacional, de acordo com dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A tecnologia, cujo principal combustível é o bagaço da cana de açúcar gerou, produziu 4.167 MW médios, o que representa 44,25% do volume produzido por todas as térmicas. Na comparação com o mesmo período de 2019, a produção de energia com matéria orgânica cresceu 2,06%.
Em paralelo, empreendimentos a carvão mineral e a óleo combustível apresentaram forte queda na geração de eletricidade. As termelétricas a carvão produziram 42,62% a menos do que em maio de 2019 (556 MW médios contra 969 MW médios), enquanto empreendimentos a óleo geraram apenas 19 MW médios, contra 217 MW médios no ano passado. Térmicas a gás natural também tiveram pequena queda da geração em maio, enquanto usinas nucleares registraram expansão, o que se explica por uma parada de Angra II para manutenção no ano passado.
As usinas hidrelétricas apresentaram uma diminuição de 13,4% na produção de energia na comparação anual. A geração eólica, por sua vez, retraiu 2,0%, enquanto as usinas solares fotovoltaicas produziram 35,5% a mais do que em 2019. Confira os detalhes na tabela abaixo.
Ainda segundo a CCEE, o consumo nacional de energia em maio caiu 10,7% na comparação anual, de 63.610 MW médios para 56.777 MW médios. O mercado regulado apresentou redução de 11,3%, para 39.135 MW médios, enquanto o mercado livre teve queda de 9,6%, para 17.642 MW médios, comportamento explicado pela migração de consumidores e pelas medidas restritivas para combate ao Covid-19. Excluídos os efeitos das migrações, o consumo no mercado regulado teria sofrido uma queda um pouco menos intensa, de 9,5%, enquanto o mercado livre apontaria para uma redução de 13,6% frente a maio de 2019.