Os preços dos principais insumos consumidos na avicultura de postura, milho e farelo de soja, têm atingido patamares recordes neste mês de outubro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Esse cenário vem pressionando o poder de compra de avicultores, apesar da recente valorização dos ovos – a atual relação de troca entre ovos e milho é a mais desfavorável de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2013; frente ao farelo, o poder de compra neste mês é o terceiro mais baixo da série.
Segundo colaboradores do Cepea, com a firme demanda por milho nas regiões produtoras, vendedores se mantêm afastados das negociações, na expectativa de novas valorizações. Atualmente, a saca de 60 kg é comercializada a valores recordes nominais na série histórica do Cepea, iniciada em 2004 para esse produto.
Quanto ao farelo de soja, a dificuldade da indústria esmagadora em negociar lotes do grão tem limitado a disponibilidade do derivado e, consequentemente, elevado os preços, que também operam nas máximas nominais. Para os ovos comerciais, as temperaturas elevadas nas principais regiões produtoras vêm limitando a produção de ovos maiores, o que, por sua vez, eleva as cotações.