A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) protocolou ofício no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), esta semana, solicitando a retomada e execução do Plano Estratégico Brasil livre de Peste Suína Clássica (PSC). Para a entidade nacional, atuar no combate e erradicação da doença de PSC na Zona Não Livre (ZnL) é uma prioridade. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explica que 2020 foi um ano atípico por conta da Pandemia do novo Coronavírus e por isso todos tiveram que se adequar, iniciativa privada e pública. “O que a ABCS está propondo com o ofício é a retomada do grupo de trabalho sobre PSC para na sequência iniciarmos o cumprimento do Plano elaborado pelo Mapa”. Lopes reforça que a doença continua na ZnL e atuar na região é fundamental. “Vamos focar em construir o status sanitário de país livre da doença e para isso será necessária uma atuação em conjunto – Mapa e entidades do setor”.
De acordo com o Mapa, o plano será executado por partes, pois a ampla área geográfica da ZnL, que abarca diferentes realidades socioeconômicas, dificulta a execução do mesmo de forma contínua. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes reforça que a proposta inicial é realizar uma intervenção de forma regionalizada, a começar pelo estado de Alagoas. “A ideia é que no projeto piloto, que será em AL, seja realizado a vacinação dos animais, juntamente com a intensificação da vigilância, a capacitação para detecção precoce, o atendimento aos focos e a adequação do controle e fiscalização”.
No documento encaminhado à Pasta, a ABCS explica que a suinocultura brasileira tecnificada representa em torno de 1,93 milhão de matrizes e quase 20 mil suinocultores. A diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke reitera que o enfrentamento da doença deve ser uma prioridade unificada para toda suinocultura brasileira, visto que se a PSC for notificada na zona livre (ZL), o Brasil pode perder o status sanitário (OIE) na zona livre da doença. “Atualmente a zona livre do país está dividida em 2 áreas (bloco 1 – SC e RS, bloco 2 – AC, BA, ES, GO, MT, MS, MG, PR, RJ, RO, SP, SE, TO, e DF), processo que priorizou as regiões de maior relevância para produção e exportação de suínos e seus produtos, e o combate da doença é uma causa de toda a cadeia, pois a entrada de PSC em algum estado que esteja localizado na ZL poderá impactar diretamente nas exportações e consequentemente no mercado interno”.