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Milho e soja permanecem em alta no início da segunda quinzena

No caso do milho as preocupações relacionadas aos fretes e à redução da oferta do Centro-Oeste têm feito com que compradores realizem suas aquisições no mercado paulista

Milho e soja permanecem em alta no início da segunda quinzena

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços dos milho e da soja mantém a alta nos preços no início da primeira quinzena de janeiro.

Após dias de baixa liquidez no mercado de soja, as negociações começam a se aquecer, motivadas pelo aumento da paridade de exportação no porto de Paranaguá (PR). Esse movimento, por sua vez, se deve à valorização dos contratos futuros na CME Group (Bolsa de Chicago), os quais foram influenciados pelas estimativas de menor área de soja nos Estados Unidos na temporada 2019/20 e pelas expectativas de que o acordo comercial entre EUA e China seja firmado em breve.

Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário incentivou produtores a efetivar negociações para entrega a partir de abril, com maiores volumes para junho e julho. Há, também, sinalização de crescimento na competitividade entre compradores externos e indústrias brasileiras. Com isso, sojicultores brasileiros voltaram a fixar maiores lotes de soja, o que elevou a movimentação nos portos brasileiros.

Com isso, compradores se aproximam dos preços de venda para efetivar as negociações. Na sexta-feira (22/02) Indicador Da Soja Esalq/Bm&Fbovespa – Paranaguá fechou em R$  78,99 a saca de 60Kg

Os preços do milho continuam firmes na maior parte das regiões acompanhas pelo Cepea, mesmo diante do avanço da colheita da safra de verão. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da perspectiva de menor oferta nesta primeira safra, em função do clima desfavorável, e do ritmo aquecido das exportações.

Esse contexto mantém parte dos vendedores recuada do mercado, enquanto outros negociam apenas pequenos lotes, à espera de maiores valorizações. Além disso, muitos produtores estão com as atenções voltadas ao andamento da colheita. Já compradores estão mais ativos, com necessidade de repor estoques no curto prazo, o que, inclusive, impulsiona o movimento de alta dos preços em algumas regiões. Nesse cenário, as negociações no mercado interno estão lentas.

 Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 41,65/saca de 60 kg na sexta-feira, 22, alta de 1,3% frente ao do dia 15 de fevereiro. No acumulado deste mês, a elevação chega a 5,9%. As preocupações relacionadas aos fretes e à redução da oferta do Centro-Oeste têm feito com que compradores realizem suas aquisições no mercado paulista em detrimento dos outros estados, aceitando pagar maiores patamares.