Nos últimos cinco anos, a tarifa de energia elétrica subiu mais de 90% no Brasil. E o preço do painel solar para geração residencial vem caindo aos poucos e já custa a partir de R$ 10 mil. Com isso, só este ano, cresceu em quase 70% o uso de painéis solares por residências e pequenos comércios e indústrias.
Com muita incidência de luz solar, ICMS elevado e uma tarifa cara de energia, o Rio de Janeiro é a região metropolitana do país onde é mais vantajosa a instalação de painéis solares em casa.
Segundo dados da consultoria Comerc, o consumidor do Rio atendido pela Enel consegue ver o retorno do investimento em um painel de energia solar em pouco mais de dois anos e meio (2,7 anos).
Ou seja, a economia obtida na conta de luz durante este período paga o custo do equipamento e, a partir daí, o consumidor já obtém lucro. Em muitos casos, é possível vender o excedente de energia gerado em casa na rede elétrica.
No Rio, quem é cliente da Light consegue pagar o custo do equipamento em pouco mais de três anos (3,32). Teresina, Manaus e Belém são outras capitais com rápido retorno do investimento, de menos de 3 anos. Em São Paulo, são 5,34 anos.
Com o uso de energia solar ganhando escala, o tempo de retorno vem caindo rapidamente, segundo a Comerc. O mesmo levantamento da Comerc realizado em 2018 nas diferentes capitais do país apontava, em média, um prazo seis meses maior para compensar o custo da instalação do painel solar em relação a este ano.
Especialistas afirmam que optar por um painel solar residencial vale a pena para quem paga uma conta de luz de R$ 500 ou mais.
Síndico de um condomínio residencial no Méier, Zona Norte do Rio, Antônio Carlos Costa instalou este ano equipamentos de energia solar no local. Com 120 apartamentos distribuídos em dois blocos, a energia gerada serve para abastecer as áreas comuns do condomínio, incluindo os cinco elevadores, aparelhos de ar-condicionado dos salões de festa, além de toda a iluminação das garagens.
“A nossa média de conta de luz é de R$ 12 mil. Nos primeiros 15 dias, já tivemos uma economia de R$ 5 mil. O benefício é considerável. Temos até um aplicativo no qual acompanhamos a geração de energia e economia que está sendo feita por período” explica o síndico.
Depois de passar por aprovação na assembleia do condomínio, o sistema foi instalado nas cobertura dos dois blocos em cerca de três meses, e vai custar R$ 780 mil, pagos em parcelas de R$ 6.500 durante 10 anos.