Começando pelos insumos, os dados divulgados essa semana pelo Cepea mostram que os preços do milho continuam subindo na maior parte das regiões, devido ao bom ritmo das exportações. O Indicador da ESALQ para região de Campinas registrou alta de 0,73% de 14 a 21 de junho, fechando a R$ 38,58/saca de 60 kg. Quanto às exportações, nos primeiros 10 dias úteis deste mês, o Brasil vendeu 173,2 mil toneladas de milho ao mercado internacional, volume 21,3% superior ao embarcado em todo o mês de junho de 2018.
Já os preços da soja que estavam em alta começaram a recuar na sexta-feira (21). A baixa, de acordo com pesquisadores, veio das desvalorizações do dólar e da queda nos contratos futuros na CME Group (Bolsa de Chicago), cenário que reduziu a liquidez interna. Entre 14 e 21 de junho, o Indicador da soja Paranaguá recuou 1,45%.
E os embarques de carne de frango continuam crescendo neste mês de junho. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços até a terceira semana do mês de junho as exportações de carne de frango in natura já somam 263,7 mil toneladas embarcadas, o equivalente a US$ 431,9 milhões. Com 14 dias úteis a média diária é de 19,1 mil toneladas, 20% maior que a média registrada no mês de maio. Em relação a junho do ano passado o crescimento foi ainda maior chegando a 81%.
No mercado interno, os preços dos ovos recuaram nos últimos dias depois das altas na primeira quinzena de junho. Os dados mostram que nas granjas de São Paulo, a caixa com trinta dúzias de ovos está cotada em R$64,50, recuo de 11,0% na comparação semanal. Já no atacado a desvalorização foi de 10,4% no mesmo período e a caixa com trinta dúzias de ovos passou de R$77,00 para os atuais R$69,00.
Na suinocultura, valorização no mercado interno e também nas exportações. Os preços do suíno vivo nos principais estados produtores continuam em alta. Nesta semana, o quilo do animal vivo em Minas Gerais e Goiás chegou a R$ 5,90, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais. Houve valorização de 40% em relação a 24 de abril, quando o preço do quilo era R$ 4,20. O segundo maior preço dentre os oito estados consultados é o paulista. Na segunda-feira (24), o quilo do animal comercializado vivo chegou a R$ 5,71. Dois meses atrás, custava R$ 4,53.Ou seja, houve uma valorização de 26%, conforme os dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos
Nas exportações a média de preço pago por tonelada também cresceu. Em maio a média do preço pago por tonelada ficou em US$ 2260,2 passando para US$ 3353,5 neste mês de junho, uma valorização de 48,4%. Já em relação ao mês de junho a valorização foi ainda maior chegando a 72,3%. No total o Brasil embarcou 43,5 mil toneladas, o correspondente a US$ 146 milhões.
O Canadá suspendeu todas as exportações de carne suína para a China, após recomendação do governo chinês. Anteriormente, Pequim já havia suspendido a importação de carne suína de ao menos três empresas canadenses, com o argumento de que haviam sido encontrados vestígios de um aditivo alimentar, a ractopamina, em uma carga de carne suína congelada. A ractopamina é proibida na China, mas permitida pelo Departamento de Segurança Alimentar do Canadá.
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