A Shell está mais perto de concluir a entrada no negócio de biomassa da Cosan. O Cade aprovou a compra de 81,5% de participação acionária na Cosan Biomassa pela Raízen, sociedade entre a própria Shell e a Cosan no setor de combustíveis.
A sociedade 50%-50% entre Shell e Cosan se divide na Raízen Combustíveis e Raízen Energia e diversas subsidiárias. Juntas, produzem açúcar e etanol e atuam na distribuição e logística de combustíveis.
A Cosan Biomassa produz e comercializa pellets de bagaço e palha de cana-de-açúcar, biomassas utilizadas como combustível. Segundo informações enviadas ao Cade, a comercialização é feita para clientes no exterior, que utilizam os produtos em caráter experimental.
A produção de etanol de milho tem potencial para atingir 8% da oferta nacional do biocombustível em 2020 e chegar a 20% em 2028, segundo estimativas União Nacional do Etanol de Milho (Unem), apresentadas na 19ª Conferência Internacional Datagro Sobre Açúcar e Etanol. Mato Grosso é o principal estado produtor.
No evento, a Datagro Consultoria apresentou estimativa que a moagem de cana-de-açúcar na safra 2019/2020 no Centro-Sul fique em 593,16 milhões de toneladas, alta de 3,5% em relação à safra 2018/2019.
“Contamos, mais do que nunca, com o etanol, para liderar este novo período que inicia para os biocombustíveis”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que discursou na conferência.
Ele exaltou o RenovaBio e afirmou que convidou empresas chineses para investir no segmento no Brasil. O ministro fez parte da delegação brasileira em viagem oficial à Pequim.