Muitas evidências demonstram que a fertilidade e o índice não retorno ao cio são melhorados de modo significativo quando a porca é inseminada pelo menos duas vezes por cio. Em todos os protocolos de inseminação artificial (IA) recomenda-se também realizar uma terceira inseminação se a porca ainda está manifestando boa imobilidade no terceiro dia de estro. Assim, em muitos rebanhos, o uso de múltiplas inseminações durante o estro tornou-se um procedimento padrão e as fêmeas costumam ser inseminadas uma ou duas vezes ao dia enquanto durar o estro.
A busca de maximizar o tamanho da leitegada e a taxa de partos nos modernos sistemas de produção está baseada nestas evidências de que o número de inseminações no período de cio da porca está relacionado ao número de leitões nascidos, e que também possa melhorar a taxa de parição. Autores sugeriram que realização sistemática de duas inseminações com intervalo de 12 a 24 horas, melhora a taxa de fecundação de 5 a 12% e a prolificidade em 0,4 leitões por leitegada. Também existem indícios de que uma 3ª inseminação pode conseguir um leve incremento sobre duas inseminações.
Com base nessas informações e diante da grande variação individual na duração do estro e no intervalo início do estro-ovulação nas fêmeas suínas, disseminou-se o conceito e a prática de utilizar-se um maior número de inseminações por fêmea no estro, para que, pelo menos uma caia dentro do período ótimo periovulatório (entre zero – 24h), visando obter um incremento nos resultados reprodutivos. A ideia que dá suporte às inseminações múltiplas é de que elas são capazes de prover uma quantidade consistente e viável de espermatozoides no oviduto, para a fertilização, em qualquer momento em que a fêmea suína possa a vir ovular, no período do estro.
Entretanto, ocorrem situações em que esta prática pode gerar problemas. Estratégias muito intensivas de inseminação artificial podem resultar em casos de baixo desempenho reprodutivo devido à infecções, caso muitas fêmeas venham a ser inseminadas no final do estro ou já no meta-estro. Desde os anos noventa, estudos sugeriram que o uso de três inseminações intervaladas em 24hs pode ser contraproducente, pelo aumento o n° de fêmeas com descargas vulvares.
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