Durante sessão solene em homenagem a Semana “Brasil Livre de Febre Aftosa”, o secretário das secretarias de Defesa Agropecuária (SDA), Luís Rangel, afirmou que o trabalho feito para erradicar a febre aftosa no Brasil é um dos mais exitosos do mundo na área quando levado em conta as dimensões continentais do país. O Brasil deve ser reconhecido oficialmente como país livre da doença com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no próximo mês.
“A defesa agropecuária é um desafio em qualquer situação, mas no Brasil é ainda maior pelo grande número de países com os quais temos fronteiras, o vasto território, o número de portos, além de uma infraestrutura de defesa sanitária aquém do que necessitamos”, observou Rangel. De acordo com o secretário, “não é trabalho para amadores. O programa de combate à doença teve sucesso porque foi resultante de uma política pública que teve a iniciativa privada como parceira”.
Na luta contra a aftosa, Rangel destacou também o trabalho do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários (DFIP) do Ministério, voltado ao controle das vacinas, controle que possibilitou ao país ser livre da doença com vacinação.
Na avaliação de Rangel, a defesa agropecuária é o melhor investimento para a preservação da agropecuária nacional. “Para se ter ideia, a cada R$ 1 investido na erradicação da aftosa tivemos retorno de R$ 27. Se formos estender o cálculo à peste suína clássica, tuberculose e brucelose bovina, e aos programas de defesa sanitária da SDA, o número atinge R$ 67. Mesmo com os recursos muito aquém do necessário conseguimos feitos incríveis”.
A ex-secretária de Defesa Agropecuária do Mapa, única mulher a ocupar o cargo, Tania Lyra, disse que a melhora da qualidade da vacina, os cuidados sanitários adicionais com o trânsito de animais e o aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários Oficiais, entre outras medidas, foram fundamentais no combate à aftosa. Tania Lyra lembrou que entre todas as unidades da federação, o Distrito Federal é o que está há mais tempo sem registrar focos de aftosa, 25 anos. A última ocorrência foi em 1992. As informações foram divulgadas pelo Mapa.