O sofrimento que a cadeia produtiva da carne suína está atravessando é muito grande. Os prejuízos acumulados principalmente nos últimos noventa dias, está gerando um desconforto entre os elos da cadeia, provocando uma sensação de incapacidade por parte dos produtores.
O mercado Russo, está fechado desde novembro de 2017, inicio da crise na suinocultura brasileira. Diante das análises abaixo, a pergunta que não quer calar, até quando iremos depender desse mercado que muda conforme os próprios ventos?
Os embargos russos são frequentes e sazonais, e na sua maioria injustificáveis, entretanto, até o momento, a carne brasileira é imprescindível aos russos.
Em 2017, as exportações russas chegaram a 7% da nossa produção interna. Segundo dados extraoficiais eles preparam sua autossuficiência para o ano de 2.030.
O Brasil representa mais de 90% de importação de carne suína da Rússia, veja os volumes estáveis dos últimos três anos: 2015 = 244 mil/ton.; 2016 = 245 mil/ton. e 2017 = 259 mil/ton.
A iminência da suspensão do embargo é esperada. O aquecimento do consumo em função da Copa do Mundo no país russo e os conflitos diplomáticos com Europa e EUA em função do agravamento do conflito na Síria, dá sinais que os russos irão abrir.
No primeiro trimestre de 2018, as exportações foram menores em 15% em relação ao ano de 2017. O volume total foi de 152.019.657 toneladas, Hong Kong lidera com 46.487.092 toneladas.
Apesar de todos os números acima, o Brasil é um gigante, o melhor, o suinocultor é um herói nacional. No ano de 2000 o Brasil produziu 2.556 milhões de toneladas de carne suína em 2016 a produção atingiu 3.731 milhões de toneladas, um aumento de 45,97% em 16 anos. Uma média anual de crescimento de 2,87%/ano. Apenas uma observação, nesse período pelo menos três grandes crises o setor atravessou.