As cotações de milho fecharam junho com uma queda de 19%, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Segundo os analistas, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) registrou baixa de 18,73%, fechando a R$ 36,97/sc de 60 kg na sexta-feira (29). Em relação à soja, os preços subiram no mercado interno apesar de haver retração no mercado externo.
Entre 22 e 29 de junho, o decréscimo do preço do milho foi de 2,43%. A avaliação dos especialistas é de que a proximidade da entrada do milho de segunda safra tem afastado compradores, que estão à espera de melhores oportunidades para efetivar negócios.
Quanto ao vendedor, alguns agentes indicam necessidade de liberar espaço nos armazéns. No entanto, indefinições com os preços mínimos de fretes seguem limitando novos negócios. Diante disso, o ritmo de fechamentos está lento tanto no spot quanto para exportação, afirma o Cepea.
Soja
Mesmo com as contínuas baixas internacionais, a valorização do dólar, a alta do prêmio de exportação e a menor disponibilidade interna elevaram as cotações da soja na última semana de junho no Brasil, apontam os analistas do Cepea. Entre 22 e 29 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) avançou 2,17%, a R$ 86,54/saca de 60 kg na sexta-feira (29). No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 2,76%, a R$ 80,41/sc de 60 kg.
Quanto à comercialização da safra 2017/18, dados do Deral/Seab indicam que 61% da temporada do Paraná já foi negociada, ante 44% há um ano. Em Mato Grosso, o Imea mostra que 85,6% da safra foi vendida até o início do mês, acima dos 78,46% em igual período no ano passado.