“Mais uma vez a Embrapa Agroenergia e rede de parceiros estão de parabéns. O EnPI é um espaço que promove a visão de futuro da Agroenergia do Brasil e porque não dizer do mundo tropical”. Foram as palavras do Diretor- Executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa Cleber Soares no encerramento do 5º Encontro de Pesquisa e Inovação da Embrapa Agroenergia (V EnPI), realizado nos dias 09 e 10/10, na Confederação Nacional da Agricultura – CNA. O evento contou com 210 participantes e 52 trabalhos inscritos.
O Chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville, lembra que no início o EnPI foi criado com o objetivo de divulgar os trabalhos de pesquisa da Unidade. “Este ano, em sua quinta edição, o evento contou com a participação de parceiros. “O sucesso dessa edição do encontro é fruto do esforço da equipe e parceiros envolvidos em sua realização. Sem dúvida foi um momento de grandes debates e muito aprendizado. Tivemos a presença do governo, do setor privado e da academia, e excelentes palestrantes. A gente espera que o próximo seja do mesmo nível ou melhor”, ressalta.
Para a coordenadora do evento e pesquisadora da Embrapa, Simone Mendonça, foi um grande desafio. “Graças ao espírito de colaboração, competência da equipe e apoio dos patrocinadores vencemos os obstáculos e o resultado foi um evento de alta qualidade”.Com o tema “Biomassa para a Bioeconomia”, o público ficou bastante motivado ao ver que o etanol está com força total frente a outras alternativas de bioenergia. “É uma injeção de ânimo para a pesquisa e fortalecimento de nossas redes de estudos. Só temos a agradecer a todos que deram sua contribuição”, acrescenta.
A questão do óleo também teve o papel importante nos debates. Roberto Yokoyama,, presidente da câmara setorial da palma de óleo, falou da importância do óleo de palma, que aqui no Brasil é conhecido como óleo de dendê. “É o mais consumido no mundo e, no próximo ano, provavelmente o Brasil será auto-suficiente na produção para a alimentação humana. As pessoas não sabem mas este óleo esta em várias produtos como nos cremes, no macarrão, nos chips”. Atualmente, cita Yokoyama, quase 90% da produção está fora do Brasil, sendo que o país tem um potencial imenso. Ele reforça que o Brasil tem maior potencial de crescimento e tem zoneamento agroecológico, coordenado pela Embrapa, para a expansão com a sustentabilidade. Nesta linha, o superintentente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene – Ubrabio, Donizete Tokarski reforçou o a importância da pesquisa para a diversificação de matérias-primas oleaginosas como base para os biocombustíveis, para aumentar a sua contribuição na matriz energética brasileira.
A eficiência da biomassa para a bioenergia foi um dos tópicos que mais teve ênfase no EnPI. Luiz Carlos Correia, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, enfatizou que produção agrícola brasileira tem grande eficiência e sustentabilidade, visão compartilhada por Celso Moretti, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa. Além disto, Luiz Carlos salienta a necessidade da integração de investimentos em pesquisa entre o setor público e privado, a depender do nível de maturidade tecnológico da pesquisa.
Nesta linha, o mapeamento dos resíduos também foi foco das apresentações dentro da linha de biorrefinarias, ou seja, do aproveitamento total da matéria-prima na proposta da bioeconomia. Miguel Neri, diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDi, citou o projeto que a Agência tem em parceria com a Embrapa Agroenergia na região de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. “Esperamos que seja só um projeto inicial. E que sirva de base para todo o País. Precisamos mapear e caracterizar os resíduos para que, com pesquisa, ciência e inovação possamos valorizar ainda mais a biomassa brasileira colaborando para posicionar o agronegócio brasileiro ainda mais como produtor de produtos de alto valor tecnológico e não só como exportador de matéria-prima básica”, destacou. Celso Moretti, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, complementa a pesquisa agrícola contribuiu para o desenvolvimento da pesquisa pública e abriu caminho para o setor privado ágil, punjante e inovador gerando ganhos de produtividade. “Reforço a importância da parceria da pesquisa e da iniciativa privada para tornar o agronegócio brasileira cada vez mais forte”, conclui Moretti