A FDR Energia, empresa de geração e comercialização de eletricidade, acaba de divulgar o Índice Nacional de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia do mês de outubro. O resultado foi o segundo melhor do ano, com média 0,578, atrás apenas do mês de fevereiro, quando a nota foi de 0,601. Além disso, o índice apresentou um aumento de 8% em relação a setembro, que registrou 0,535.
Nesta edição, dez estados alcançaram médias que indicam boa viabilidade de migração para o mercado livre de energia. Foram eles: Tocantins (0,674), Pará (0,663), Espírito Santo (0,650), Goiás (0,648), Rio de Janeiro (0,647), Amazonas (0,646), Santa Catarina (0,633), Mato Grosso (0,632), Paraná (0,609) e Piauí (0,601).
Os demais estados obtiveram classificação considerada moderada para a saída do mercado cativo. O destaque foi o Amapá (0,403), que continua na lanterna do ranking, mas desde abril apresentava baixa atratividade. Roraima não participa da classificação, pois está fora do Sistema Interligado de Energia (Veja na tabela abaixo o ranking e as médias dos estados).
“As chuvas nas principais bacias do setor elétrico justificam o resultado positivo de outubro, o segundo melhor do ano”, explica Erick Azevedo, sócio diretor da FDR Energia e coordenador do estudo. “Em função do fenômeno El Niño, a expectativa é de um verão chuvoso, que abasteça os reservatórios de água para o ano todo”, completa.
O índice, tal qual o modelo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), é calculado em um intervalo de “0,000” (para a menor atratividade) e “1,000” para a maior atratividade.
No Índice Nacional de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia, pode-se considerar que valores abaixo de 0,4 são tidos como inviáveis financeiramente para migração para o ACL. Entre 0,4 e 0,6 como viabilidade moderada, entre 0,6 e 0,8, de boa viabilidade e acima de 0,8, com alta viabilidade.
O índice foi calculado com base no preço médio comercializado no mercado livre entre as fontes incentivadas (energia proveniente de Pequenas Centrais Hidrelétricas e usinas eólicas, solares e de biomassa) comparadas com as tarifas de distribuidoras que representam 98% do mercado cativo brasileiro.