Apesar dos esforços de empresas catarinenses para exportar mais ano passado diante de um mercado interno recessivo, não foi possível superar o faturamento do ano anterior lá fora. O resultado ficou quase no zero a zero, mas negativo. O Estado fechou 2016 com receita de US$ 7,593 bilhões nas vendas externas, 0,66% a menos do que o obtido em 2015, que foi US$ 7,644 bilhões. Entre os principais produtos de exportação do Estado, os destaques foram os agropecuários, com avanço de 26,14% nos embarques de suínos, por exemplo, e 26% de madeira.
Entre os principais mercados, uma das maiores expansões foi para o mercado americano. As vendas aos Estados Unidos somaram US$ 1,161 bilhão, com crescimento de 20,17% no ano e representaram 16,6% do total exportado pelo Estado. Outro destaque positivo foi o crescimento das vendas a países da América do Sul que registram bom desempenho em suas economias. As receitas dos produtos embarcados para o Peru cresceram 26,28%; para o Equador, 13,86%; ao Chile, 12,42%; e para a Colômbia, 9,25%.
A China seguiu como o segundo principal parceiro comercial de Santa Catarina. Respondeu por 11,25% do total e ampliou em 13,46% as compras. A Argentina, terceiro destino dos produtos do Estado, comprou 5,95% do total, mas com retração de 1,5%.
Quanto aos produtos mais exportados, a carne de frango seguiu liderando. Representou 14,39% do total, porém teve retração de 5,44% no ano. Em segundo lugar ficou a soja, com 7,81% da receita geral e crescimento de 1,81% no ano. A carne suína em terceiro lugar, teve um crescimento de vendas de 26% no ano e respondeu por 6,63% do total. E produtos importantes da pauta de exportação de SC tiveram quedas expressivas: motores elétricos tiveram recuo de 31,88%, fumo – 17,34% e blocos de motores, -12,56%
Chama atenção na pauta de exportação de SC produtos com peso menor, mas que registraram alto crescimento. Entre os destaques estão folhas de alumínio, cujas vendas lá fora cresceram 153% no ano, seguidas por couros bovinos industrializados, 135% e peru congelado, 39,80%. As exportações de produtos têxteis cresceram 20%, madeira perfilada, 18% e transformadores, 22%.
Nas importações a crise bateu mais forte. Elas alcançaram valor de US$ 10,367 bilhões no ano passado, – 17,8% em relação ao ano anterior, quando totalizaram US$ 12,613 bilhões.