No editorial do Pig Progress dessa semana, Vincent ter Beek fez uma extensa análise sobre o que os suinocultores americanos esperam do governo Trump. Beek explica que para o estado de Iowa, maior produtor de suínos dos Estados Unidos, votou no atual presidente já que nas últimas 4 eleições, Iowa votou pelo candidato vencedor. Segundo o jornalista, os produtores acreditam nesse governo e estão entusiasmados com o fato de que entre as prioridades do presidente está cortar regulamentos onerosos e não científicos e reformar o código tributário. Acompanhe:
Em 2016 Iowa voltou para os republicanos, apoiando Trump com 51% dos votos, deixando os democratas com pouco menos de 42%. “Houve muita animosidade nas mensagens que me chegaram de, por exemplo, o Conselho Nacional dos Produtores de Suínos dos EUA (NPPC) ser contra alguns dos recentes decretos da administração Obama”, revelou o comunicador.
Em nota pessoal à Pig Progress, pouco antes da inauguração, o presidente do NPPC, John Weber, confirmou otimismo, dizendo: “Acreditamos que o governo Trump será bom para a agricultura americana, bom para a indústria suína dos EUA e bom para o país”.
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“No plano interno, a NPPC está muito entusiasmada com o fato de que entre as prioridades do presidente Trump está cortar regulamentos onerosos e não científicos e reformar o código tributário, porque sabemos que essas ações tornarão os produtores de carne suína dos Estados Unidos e da América mais competitivos.”
Ele também tocou no comércio internacional. “Internacionalmente, as exportações são criticamente importantes para nossos produtores; Estamos muito dependentes das exportações para nações como o Canadá, China, Japão e México. Por isso, apoiamos a Parceria Transpacífico (TPP). Além disso, nossos produtores se beneficiaram enormemente do NAFTA, mas estamos abertos à modernização desse acordo”.
Comércio internacional e negócio de suínos
De fato, o comércio internacional chamou a atenção durante a primeira semana da presidência de Trump. No primeiro dia de trabalho, o novo presidente, convencido de que mais comércio internacional ocorre em detrimento da taxa de emprego doméstico, assinou um memorando para retirar os EUA da TPP. Isto significa que a parceria de corte de tarifas, que incluiu países dependentes de importações de suínos, como por exemplo, Japão e China, mas também os vizinhos diretos dos EUA, Canadá e México, não podem ser ratificados.
Não é de admirar, então, que o NPPC divulgou uma declaração no dia seguinte a essa notícia, enfatizando para preservar o acesso livre de tarifas para as exportações de suínos para o Canadá e o México.
Barreiras comerciais e comércio de suínos
A existência contínua de barreiras comerciais pode não afetar o comércio de suínos norte-americanos, afinal de contas, disse Drew Ryder, CEO e proprietário da FeedLogic,”a demanda agora é principalmente proveniente da China, onde os preços ainda são muito bons e não há grandes movimentos para aumentar o número de matrizes. Portanto, mesmo com barreiras comerciais, os preços ainda podem ser benéficos para os produtores norte-americanos “.
Um comentário semelhante poderia ser feito para o comércio de grãos, acrescentou Ryder. Ele disse: “Os produtores agrícolas dos EUA têm acesso a algumas das terras mais férteis do mundo e as mais recentes em genética vegetal e tecnologia de aplicação de precisão. Será difícil para outros países competir com isso, mesmo com barreiras comerciais em vigor. Se as exportações de milho forem restritas, isso será benéfico para os produtores de suínos, porque os preços dos alimentos já baixos serão ainda mais baixos”.
Promover empregos nos Estados Unidos
Assim, apesar da retirada da TPP, de uma perspectiva de negócios a indústria de suínos dos EUA é otimista sobre o Sr. Trump. E por que não, em seu discurso de posse, Trump indicou claramente que o emprego nos EUA é uma de suas principais preocupações. Com sua proposta para que o Sr. Sonny Perdue seja nomeado secretário de agricultura, ele agiu de acordo com isso – já que ele tem um histórico de promoção de negócios.
Trabalhar com suínos é mais do que apenas comprar e vender. É também sobre questões como bem-estar, saúde e meio ambiente. A minha grande preocupação é o que o senhor Trump fará com as áreas em que as autoridades centrais tiveram alguma influência. O que acontecerá com a Lei de Água Limpa? Será que a Food and Drug Administration (FDA) emitirá novas orientações no que diz respeito ao uso de antibióticos?
