Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Produção

Custo de produção provoca redução no plantel de matrizes no Sudoeste do Paraná

A avaliação foi apresentada ao RBJ pelo presidente da Associação Paranaense dos Suinocultores (APS)

Custo de produção provoca redução no plantel de matrizes no Sudoeste do Paraná

Os produtores de suínos deverão levar pelo menos dois anos para voltar a ampliar seus plantéis. Com isso, a indústria frigorífica deverá enfrentar dificuldades para alimentar suas linhas de produção para atender os mercados interno e de exportações. O custo de produção provocou uma redução no plantel de matrizes no Sudoeste do Paraná, de aproximadamente 25% no último ano. Suinocultores estão endividados.

A avaliação foi apresentada ao RBJ pelo presidente da Associação Paranaense dos Suinocultores (APS), Jacir José Dariva, de Itapejara do Oeste, que explicou os fatores que estão atingindo o setor ocasionando, por exemplo, a demissão de 220 trabalhadores do Frigorífico Palmali de Palmas, sul do Paraná, na última semana.

Disse que desde meados de 2015, os suinocultores  acumulam perdas pelo elevado custo de produção, principalmente com o preço do milho que subiu muito. “O longo período de crise está refletindo agora na oferta de matéria prima para a indústria”, disse ele. Somente na região Sudoeste do Paraná, o número de reprodutoras caiu de 70 mil para 52 mil no último ano.

Informou que a APS vem trabalhando junto ao governo federal, desde o ano passado, para que não ocorra uma queda ainda maior na produção, ou até mesmo inviabilize a atividade. Na sua opinião, o setor já começa a dar sinais de recuperação, mas os produtores irão demorar pelo menos dois anos para se recuperar. Conforme Dariva, primeiro irão pagar os empréstimos financeiros tomados com juros mais altos, para depois começar investir nas propriedades para adequar-se as normas ambientais e, só então, irão aumentar a produção. “Noventa por cento dos suinocultores emprestaram dinheiro para não parar a atividade”, contabilizou.

Projetou que não deverá faltar carne no mercado interno, mas que o produto deve ficar mais caro ao consumidor, uma vez que um grande volume é direcionado à exportação. “A produção regional por exemplo, tanto integrada quando independente, já não consegue mais atender a demanda os frigoríficos aqui instalados”, conclui.