Os custos mensais de produção de frangos de corte calculados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa tiveram alta em novembro. O ICPFrango/Embrapa encerrou o mês com elevação de 0,73%, inflacionando os custos de produção, que chegam aos 184,51 pontos. Apesar do mês de novembro registrar aumento, os custos de produção ainda acumulam queda no ano em -12,44%.
Segundo o analista de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi, o ICPFrango/Embrapa é calculado a partir de resultados de custos de produção para aviário tipo climatizado em pressão positiva no Paraná, estado que mais produz carne de frango no Brasil, com 4,11 milhões de toneladas. Por ser um grande produtor de milho, com uma safra que chega a 17,838 milhões de toneladas se somadas a primeira e segunda safra de 2016/2017, o Estado fornece os insumos suficientes para abastecer as cadeias produtivas de frangos de corte, além de ocupar posição estratégica na geografia paranaense.
Sandi também ressalta que o Estado paranaense está em posição estratégica nacionalmente, sendo de fácil acesso e escoamento de insumos e proteína animal por fazer fronteira com Paraguai e Argentina, além de ter acesso a duas rodovias federais e ferrovias importantes que da ao Paraná acesso a um mercado externo vasto.
Por que relacionar competitividade com os Índices de Custos de Produção de novembro 2017?
Sandi explica que o elo de produção primária em ambas as cadeias produtivas (aves e suínos) depende da quantidade, dos preços, da produção e do mercado de insumos e fatores de produção chave como, por exemplo, mão de obra qualificada (afetada pelos níveis salariais pagos aos trabalhadores). O analista ainda considera a infraestrutura de construções e equipamentos ajustada para que os animais expressem o seu melhor desempenho produtivo (afetado pelo potencial genético dos animais associado ao fornecimento de rações balanceadas e de alta qualidade e ao manejo e à ambiência dos galpões de produção).
Os custos também são interferidos pela energia elétrica (de preferência acessível, abundante e econômica), substratos para a calefação dos ambientes produtivos (lenha, cavaco de lenha, briquete, GLP), substratos para acomodar e proporcionar bem estar aos animais (palha, cepilho, maravalha e serragem de madeira), veículos de transporte adequados à exigências de bem estar de cada espécie e insumos de uso veterinário de qualidade. Sandi esclarece que esses fatores e insumos de produção são afetados diretamente pela competitividade das empresas e das organizações adjacentes.