A Rússia impôs barreiras ainda mais restritivas a nove países e à União Europeia na importação de carnes, inclusive a suína.
Nesses países, em cuja lista se incluem produtores como Estados Unidos, Canadá e Austrália, tais restrições estarão em vigor até o final de 2018.
Essa medida da Rússia é uma ampliação das barreiras comerciais iniciadas em 2014, por ocasião da intervenção russa na Ucrânia, ação reprovada vários países.
O Brasil pode ser o maior beneficiário dessa medida da Rússia. O mercado da Rússia é muito importante para o Brasil, uma vez que é para lá que vão 40% das exportações brasileiras de carne suína.
A recíproca também é verdadeira: de cada 100 toneladas importadas pelos russos, 83 saem do Brasil.
2017 está sendo um ano bom, mas 2018 poderá ser ainda melhor. A indústria nacional espera uma ampliação das vendas para a China e participações maiores da Coreia do Sul e da Rússia no mercado brasileiro.
Outro mercado será o de Taiwan, cuja habilitação para as exportações brasileiras está prestes a sair.
As estimativas de Turra para este ano são de avanço de 2% no volume exportado de carne suína. No ano passado, o Brasil colocou 732 mil toneladas no mercado externo.
Já as vendas de aves deverão crescer 1% em relação aos 4,3 milhões de toneladas de 2016.
A demanda externa maior de carne suína vai exigir mais do Ministério da Agricultura.
Após a Operação Carne Fraca, no primeiro semestre deste ano, os países importadores da carne brasileira ficaram mais exigentes.