Aproveitando o encontro do governador Beto Richa com o presidente Michel Temer, durante a inauguração frigorífico de peixes da C.Vale, os presidentes do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, e da Ocepar, José Roberto Ricken, entregaram, no dia 20 de outubro, um documento ao governador que defende que o Paraná se torne área livre de febre aftosa sem vacinação o mais rápido possível.
Segundo informações da Faep, o manifesto conta com assinaturas de representantes de mais de duas centenas de entidades e pede que o Estado saia na frente para alcançar o status, desejado há décadas. O documento foi repassado a Richa durante a inauguração do frigorífico da C.Vale, em Palotina, no Oeste do Paraná. Durante a inauguração, em seu discurso, o governador citou nominalmente a FAEP e a Ocepar. Ele enfatizou o papel decisivo do trabalho das entidades pela importância do agronegócio na economia do Estado e nacional. Com informações Faep
“Quando produtores rurais e indústrias ligadas à produção de carnes pedem que o Paraná seja declarado área livre de febre aftosa sem vacinação é porque enxergam o nosso grande potencial. E a partir do novo status vamos conseguir atingir novos mercados que valorizam e pagam mais pelos nossos produtos”, enfatiza Ágide Meneguette.
A Faep explica que o fim da vacinação é uma forma de afirmar, mais uma vez, aos players globais a força em relação às questões sanitárias. “Afinal, o controle dos processos de um Estado que vende alimento é o principal cartão de visitas aos compradores internacionais”, frisou em comunicado no site. De acordo com a Federação, hoje, 65% dos países compradores de carne suína estão de portas fechadas ao Paraná porque o Estado não possui o status sanitário livre de aftosa sem vacinação.
O órgão enfatiza que atualmente, a vacinação contra febre aftosa no Paraná é exigência apenas para bovinos. Mas diferentemente do que possa parecer, o fim da obrigatoriedade da imunização afeta todas as cadeias – animal e vegetal. “Os países compradores associam a dispensa da imunização ao fato de que o sistema sanitário da área em questão é robusto, confiável e está pronto a dar respostas de controle a eventuais enfermidades animais e vegetais em caso de emergência.”