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Economia

Secretário da Agricultura de Santa Catarina considera que a construção do Corredor Ferroviário vai impulsionar o abastecimento do Estado

Moacir Sopelsa também disso acreditar que após o verão, o consumo de carne suína deve melhorar no Brasil.

Secretário da Agricultura de Santa Catarina considera que a construção do Corredor Ferroviário vai impulsionar o abastecimento do Estado

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, analisa que uma das medidas emergenciais para melhorar o abastecimento de grãos para Santa Catarina e o escoamento da produção é a construção do Corredor Ferroviário – ou Ferrovia do Frango. Os 862 Km de linha férrea ao custo aproximado de R$ 46,5 milhões vai ligar o Oeste do Estado ao Litoral com o objetivo de diminuir o gasto no escoamento da produção. “Precisamos mudar a infraestrutura e tornar essa obra realidade. Se o poder público não tem recursos, que se faça em parceria com a iniciativa privada. Precisamos dar oportunidades para que o abastecimento do Estado seja feito com mais facilidade”.

Mesmo com o cenário ruim no início de 2016, Sopelsa destaca que a qualidade sanitária de Santa Catarina abre mercados importantes, além de enaltecer a dedicação do agricultor catarinense. “São mercados difíceis de conquistar, mas vai depender da habilidade política e industrial. Vamos procurar aumentar as exportações”.

Mercado interno

O secretário acredita que após o verão, o consumo de carne suína deve melhorar no Brasil. Para melhorar o cenário da proteína no mercado interno e internacional, Sopelsa enaltece o trabalho desenvolvido pela Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). “Só com o apoio da entidade os produtores têm as informações sobre como está o mercado e de que forma melhorar a produtividade em sua propriedade”.

Mapa assume compromisso com o setor

 O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se comprometeu no início dessa semana promover ações contra a escassez de milho dentro do país. Sopelsa acredita que o país precisa criar alguns subsídios para a aquisição do milho. “As coisas precisam sair do papel. Aquilo que nós esperamos tem que se tornar realidade com urgência, mas acredito que dentro de três meses a gente vai superar essa dificuldade. Agora essa dificuldade por esse período é muito tempo”.

 Licença ambiental para construção de silos

 O sistema de armazenamento é outro importante gargalo para a produção. O Mapa divulgou no decorrer da semana a possibilidade de dispensar a licença ambiental na construção, ampliação, reforma e operacionalização de silos na zona rural. O assunto deve ser tratado com os governos estaduais.

 Sopelsa avalia que o produtor rural não pode esperar de três a oito meses para obter um licenciamento e esclarece que os juros para fazer os armazéns estão muito altos. “Faz muito tempo que o nosso Estado paga juros de quem fez armazém. A Secretaria de Agricultura tem um investimento muito grande nesta área. Agora estamos negociando os valores porque os juros subiram”.

 Valorização do agronegócio

 O secretário de Estado da Agricultura considera que o governo federal precisa se atentar para a importância do agronegócio à economia brasileira. “Precisamos ser justos: o governo federal ainda não deu o devido valor para o agronegócio. A suinocultura não interessa muito para o Brasil, mas é de extrema importância para o nosso Estado”.